"Prevenção tem que estar no orçamento público", diz ministro das Cidades sobre tragédias climáticas
Jader Filho afirma que pasta conversa com Casa Civil para tratamento específico ao Rio Grande do Sul no âmbito dos investimentos do Novo PAC em drenagem
O ministro das Cidades, Jader Filho, disse que "prevenção tem que estar no orçamento público" das esferas federal, estadual e municipal para que o Brasil se prepare em caso de tragédias climáticas, como a que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024, com chuvas e enchentes. "Nos últimos quatro anos, a questão da prevenção não foi prioridade neste país", lamentou, em entrevista ao Perspectivas, programa do SBT News no YouTube.
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Em conversa com a jornalista Paola Cuenca, Filho defendeu ações preventivas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à contenção de encostas no estado gaúcho.
"No Rio Grande do Sul, todas as encostas que estavam disponíveis para serem selecionadas no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], com apoiamento técnico para absorver dentro do PAC, todas foram atendidas", afirmou, citando algumas em Porto Alegre e outras em Santa Maria.
Segundo o ministro, o foco do ministério no Novo PAC será a seleção para obras de drenagem.
"Quando chegamos, havia R$ 27 milhões. Na PEC da transição, leva de R$ 27 milhões para R$ 256 milhões. No primeiro orçamento de Lula, já foi levado para R$ 636 milhões. Fora esse recurso para 2023, ainda tem seleção de encostas do PAC, da ordem de R$ 1,7 bilhão, e na seleção de drenagem, da ordem de R$ 4,5 bilhões, em diversas partes do país", detalhou Filho.
O ministro contou que a pasta discute com a Casa Civil uma maneira de deixar recursos previstos para o RS fora desse orçamento de R$ 4,5 bilhões. "Para que a gente dê tratamento específico por conta desses eventos que aconteceram. Para que a gente possa dotar o Rio Grande do Sul de infraestrutura para o que aconteceu não venha mais a se repetir", completou.