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Política

Polícia Federal indicia Marcel Van Hattem por calúnia e difamação em discurso na Câmara

Parlamentar do Novo é acusado após críticas ao delegado Fábio Shor, relacionadas a investigações conduzidas com o ministro Alexandre de Moraes

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Marcel Van Hattem (Novo-RS) em discurso na tribuna da Câmara dos Deputados | Divulgação/Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) por calúnia e difamação devido a declarações feitas pelo parlamentar na tribuna da Câmara.

Na ocasião, Van Hattem criticou o delegado Fábio Alvarez Shor, responsável por inquéritos conduzidos com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, políticos e militantes da oposição.

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O parlamentar acusou Shor de "criar relatórios fraudulentos" para manter o ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins, preso de forma "ilegal e sem fundamentação". Martins foi detido em 8 de fevereiro deste ano, durante a operação Tempus Veritatis, que apura suposta tentativa de golpe de Estado. O ex-assessor foi solto no dia 9 de agosto, por determinação de Moraes, e está em liberdade provisória.

Pela plataforma X (antigo Twitter), Van Hattem comentou o indiciamento.

"Agora não sou mais apenas investigado, mas também INDICIADO pela Polícia Federal do Lula. Perseguição por uma denúncia que fiz na tribuna? Isso é, como bem disse Jair Bolsonaro, um ATAQUE ao Parlamento brasileiro! Isso tem de acabar, não vou me curvar!", declara.

Em transmissão ao vivo feita nas redes sociais, Van Hattem classificou a ação da PF como "absurda e ridícula" e afirmou que continuará denunciando "irregularidades".

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"Se eu fosse corrupto, nada disso estaria acontecendo comigo. Quem denuncia o que está errado, como fiz na tribuna da Câmara, é que vira alvo. A Polícia Federal deveria investigar o que denunciei, mas, em vez disso, focam em mim", desabafa.

Para Van Hattem, existe uma falta de transparência no inquérito que indiciou 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Bolsonaro. Segundo ele, o documento, mantido sob sigilo, contém "informações deturpadas e inconsistentes".

"O relatório sempre vaza, dá umas poucas horas, está na rua, porque se esse relatório não vazou, sabe por quê? Porque eles vão criando uma narrativa do golpe narrativo, da tentativa de matar o Lula, o Alckmin, o Moraes e a própria vítima é quem vai conduzir o inquérito", diz.

Van Hattem encerrou dizendo que seguirá denunciando irregularidades, apesar do que classificou como "intimidações e inversão de valores" no Brasil.

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