Poder Expresso: Quais os indícios que colocam Bolsonaro no centro do golpe?
O programa também aborda a manifestação a favor do direito ao aborto legal durante uma sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
O Poder Expresso desta quarta-feira (27) trata sobre os indícios que colocam o ex-presidente Jair Bolsonaro no centro da tentativa de golpe de Estado. Um relatório da Polícia Federal aponta que Bolsonaro estava diretamente envolvido no planejamento de um golpe de Estado em 2022. O plano denominado "operação 142" incluía um plano para sua fuga e a criação de um governo alternativo. O documento fazia referência à intervenção militar com base em uma interpretação distorcida de um artigo da Constituição que continha tópicos como "interrupção do processo de transição" e "anulação de atos arbitrários do STF". O relatório menciona Bolsonaro 535 vezes e resulta em seu indiciamento, junto a outras 36 pessoas, por tentativa de golpe e organização criminosa.
O ex-presidente negou as acusações, afirmando que um golpe de Estado exigiria o envolvimento de todas as Forças Armadas, não apenas alguns oficiais.
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O programa repercute também a interrupção de uma sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) por manifestação de ativistas a favor do direito ao aborto legal. A reunião discutia uma proposta de Emenda Constitucional (PEC) que tenta proibir o aborto no Brasil, os manifestantes gritavam palavras de ordem como "criança não é mãe, estuprador não é pai". A presidente da CCJ, deputada Caroline de Toni, suspendeu a sessão por 15 minutos para tentar controlar a situação.
Atualmente, o aborto é permitido no Brasil em três situações específicas: quando o feto tem anencefalia, quando a gravidez é resultado de estupro, e quando a gravidez coloca em risco a vida da mãe. A PEC propõe a inclusão da expressão “desde a concepção” no artigo da Constituição que trata dos direitos fundamentais, reforçando a inviolabilidade do direito à vida e, na prática, proibindo o aborto mesmo nas situações previstas em lei. Para a aprovação da PEC, ela passaria por uma comissão especial e, posteriormente, pelos plenários da Câmara e do Senado, necessitando de 308 votos favoráveis na Câmara.
Também está na pauta do Poder Expresso: a aprovação pelo Gabinete de Segurança de Israel no acordo de cessar-fogo com o Hezbollah. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que o acordo pretende terminar os combates na fronteira entre Israel e Líbano, permitindo o retorno seguro de civis e a reconstrução das comunidades. O acordo também estipula que Israel retire gradualmente as forças e civis, enquanto o Líbano deverá desarmar grupos militares não oficiais, como o Hezbollah, no sul do país.
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