Planalto tenta conter crise após saída de União Brasil e Progressistas do governo
Lula se reúne com ministros e líderes partidários para evitar mais baixas e manter base de apoio em meio à disputa política
Murilo Fagundes
O Palácio do Planalto tenta contornar a crise política provocada pelo desembarque dos partidos União Brasil e Progressistas do governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira (3) com ministros e lideranças partidárias em Brasília.
André Fufuca, do Esporte, e Celso Sabino, do Turismo, ainda não decidiram se vão deixar os cargos. O encontro aconteceu durante um almoço no Palácio da Alvorada, com a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e ministros do União Brasil.
Celso Sabino é o mais pressionado, já que os outros dois ministros, Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), são indicações pessoais de Alcolumbre.
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Na terça-feira (2), a federação formada por União Brasil e Progressistas anunciou oficialmente o rompimento com o governo e determinou que todos os filiados entreguem os cargos na Esplanada.
Apesar da pressão, André Fufuca declarou em nota que seguirá no comando do Ministério do Esporte, priorizando a inclusão social. Já Celso Sabino garantiu que continuará à frente do Turismo e apoiará ações que gerem emprego e renda no Pará.
Mesmo com o ultimato da federação, os ministros resistem a deixar o governo pelo peso político de suas pastas. No caso de Sabino, a visibilidade é ainda maior devido à realização da COP30 em novembro, em Belém, seu reduto eleitoral.
Segundo interlocutores, Lula tem sido direto: quem quiser permanecer no governo, precisa defendê-lo, independentemente do partido. O presidente tenta segurar sua base de apoio em meio ao cenário que já aponta para a disputa eleitoral de 2026.
