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Política

PGR aponta saída de familiares de Cid do país como indício de possível fuga de delator

Em pedido de prisão formulado ao ministro Alexandre de Moraes, Procuradoria expõe viagens de pais, esposa e filha de Cid aos EUA

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No pedido de prisão preventiva apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, a ida de familiares do militar aos Estados Unidos em 30 de maio é citada como indício de possível fuga do delator. A viagem para o exterior foi registrada dias após Gilson Machado supostamente ter tentado obter um passaporte português em nome de Cid.

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Na peça, o procurador-geral Paulo Gonet descreve ter recebido informações da PF de que, em 12 de maio, o ex-ministro do Turismo teria tentado obter um passaporte português em nome de Mauro Cid junto ao Consulado de Portugal, localizado na capital pernambucana. O objetivo seria possibilitar a saída do ex-ajudante de ordens do país. Em janeiro de 2023, Cid já havia tentado obter cidadania portuguesa.

Sem sucesso na obtenção do passaporte português, a PF apontou o risco do ex-ministro tentar emitir o documento junto a outras embaixadas e consulados. Mas, o que reforçou o risco de fuga de Cid, para a PGR, foi a ida dos pais, esposa e duas filhas de Cid aos Estados Unidos em 30 de maio.

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Apesar de ter fechado acordo de colaboração premiada, Cid também é réu no STF por cinco crimes, incluindo o de Golpe de Estado. Para a PGR, com a proximidade do fim da ação penal, a fuga serviria para evitar uma possível prisão em caso de condenação.

O documento da PGR foi encaminhado nesta quinta (12.06) para a análise do ministro Alexandre de Moraes. Conforme decisão do magistrado, Gilson Machado foi preso nesta sexta (13.06) em Recife, capital de Pernambuco, já Mauro Cid foi alvo de busca e apreensão e prestou depoimento na Polícia Federal (PF) em Brasília.

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