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Política

Para Lupi, INSS não deve intermediar descontos entre aposentados e associações

Em declaração na Câmara, ministro da Previdência Social disse que "nunca se escondeu" após pedido de saída do cargo

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O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse nesta terça-feira (29) que o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) não deve intermediar os descontos entre aposentados e associações. Segundo Lupi, os aposentados que desejarem contribuir com associações deverão realizar através de meios próprios. O chefe da pasta mencionou o Pix.

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"Oras, se eu sou uma associação, eu busco o beneficiário e, como diz meu neto, faz um Pix aí, vovô. Acho que não é a função principal do INSS", afirmou o ministro.

Lupi participou da sessão da Câmara a que tinha sido convidado antes da operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU ) que mirou um esquema de fraudes que tinha como base descontos indevidos nas folhas de benefícios do INSS.

Aos deputados, o ministro disse ainda que "essa quadrilha não vem de hoje", lembrando que o esquema de descontos ilegais começaram em 2019. "Temos uma sociedade que tem vocação da esperteza. Coibir isso a gente tenta, a gente luta, mas é mentira dizer que isso se resolve em estalar de dedo", afirmou.

Lupi ainda respondeu ao pedido de impeachment protocolado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), sob alegação de que ele foi omisso e "contribuiu para que a fraude fosse continuada". O ministro disse que o INSS é atribuição do presidente da República e não particularmente dele.

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Após a operação da PF e da CGU revelar o esquema de corrupção, o mecanismo de descontos na folha dos aposentados foi suspenso, seguindo a publicação de uma portaria. Lupi defendeu que os bens apreendidos com integrantes da quadrilha sejam usados na restituição aos aposentados. O restante deve ser bancado pelo INSS, na avaliação do ministro.

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