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Política

Oposição encerra obstrução no Senado após protocolar pedido de impeachment contra Moraes

Senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro de Bolsonaro, afirma que decisão teve apoio da maioria e que Congresso "não pode ser tutelado"

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Plenário do Senado | Divulgação/Agência Senado
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Após dois dias de obstrução no Congresso Nacional, parlamentares da oposição anunciaram nesta quinta-feira (7) o fim do protesto no Senado Federal. A decisão ocorre após o grupo protocolar formalmente o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com 41 assinaturas. O requerimento é de autoria do senador Marcos Rogério (PL-RO), e a assinatura final foi do senador Laércio Oliveira (PP-SE).

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Congressistas fizeram manifestações contra a prisão domiciliar do ex-presidente e paralisaram trabalhos do Legislativo na volta do recesso parlamentar. Além do impedimento de Moraes, oposição ocupou Mesas Diretoras para pressionar por projeto de anistia a processados e condenados pelo 8 de janeiro e proposta que acaba com foro privilegiado.

A obstrução no Senado foi encerrada depois de duas reuniões com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). O senador Rogério Marinho (PL-RN) afirmou que a expectativa agora é que Alcolumbre reconheça a legitimidade do pedido de impeachment e encaminhe as medidas cabíveis.

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"A decisão majoritária do Senado em reconhecer a necessidade de análise desse pedido representa uma vitória. Demonstra que, mesmo em um cenário onde há representação governamental, os princípios constitucionais e o interesse nacional prevaleceram", disse o também ex-ministro de Bolsonaro.

Segundo Marinho, o pedido foi motivado por "supostos crimes de responsabilidade" cometidos por Moraes. Ele criticou a atuação do ministro e afirmou que suas decisões "têm prejudicado o ambiente político e afetado a democracia". Com o recuo, a mesa do plenário foi desocupada e os trabalhos legislativos serão retomados.

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"Os trabalhos legislativos terão continuidade normalmente, com sessão virtual agendada para as 11 horas. A decisão sobre a modalidade da sessão, presencial ou virtual, caberá ao presidente", disse.

O senador reforçou que, apesar das divergências políticas, a oposição seguirá participando dos debates e votações. "Nossa intenção é participar ativamente de todas as pautas relevantes para o país. Este Parlamento é um organismo livre", finalizou.

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