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Política

Nunes pede rescisão de contrato com gestora do Theatro Municipal após comentário de funcionário sobre Charlie Kirk

Colaborador da Sustenidos afirmou que não 'se deve chorar por trumpista' sobre a morte do ativista conservador, além de compará-lo a um nazista

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Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, fala sobre o contrato da prefeitura com o projeto Smart Sampa em coletiva de imprensa | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil - 07.08.2023
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou neste sábado (20) que iniciou o processo de rescisão do contrato da organização social responsável pela gestão do Complexo Theatro Municipal desde 2021, a Sustenidos.

O rompimento do vínculo acontece principalmente após um funcionário da Sustenidos, identificado como Pedro Guida, minimizar o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, baleado e morto no último dia 10 de setembro.

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Em publicação nas redes sociais, Guida afirmou que não "se deve chorar por trumpista" e comparou Kirk a um nazista. A Sustenidos se negou a demitir o funcionário e, por esse motivo, a prefeitura decidiu cancelar o contrato.

Assim que teve conhecimento do vídeo de Guida, o vereador de São Paulo-Adrilles Jorge (União Brasil) mobilizou a Câmara e conseguiu 25 vereadores da Casa como signatários do ofício endereçado a Nunes, solicitando a imediata rescisão do convênio da Sustenidos com o Executivo. O prefeito então pediu formalmente a Procuradoria-Geral do Município (PGM) que desse início ao cancelamento.

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"Quando se fala em liberdade, inclusive a de expressão, de opinião, sou o primeiro a defender", afirmou Adrilles. "Mas não podemos confundir liberdade com incitação ao ódio, com a celebração da execução de alguém, ainda mais quando isso parte de pessoa com vínculos de trabalho com a administração pública."

A publicação de Guida foi "a gota d'água" de um vínculo estremecido entre a Fundação Theatro Municipal e a Sustenidos. A prefeitura vinha recebendo recorrentes do Tribunal de Contas do Município (TCM) sobre irregularidades no contrato desde 2023.

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O Tribunal de Contas apontou falhas na avaliação das propostas, como a atribuição de pontuação irregular à entidade vencedora, ausência de comprovação de experiência mínima de integrantes e problemas na exequibilidade orçamentária. Relatórios internos da Fundação Theatro Municipal também indicam o descumprimento de metas pactuadas, reforçando os questionamentos sobre a gestão.

Outro lado

Em nota conjunta, a Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa e a Fundação Theatro Municipal afirmaram que estão conduzindo a rescisão em conformidade com a legislação e que um novo chamamento público será aberto para selecionar a próxima entidade gestora.

Ainda de acordo com a nota, durante o período de transição, um Plano de Desmobilização será elaborado para garantir a continuidade das atividades artísticas.

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