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Política

"Não vejo como derrota", diz ministro da Previdência sobre CPI mista do INSS

Mudanças na relatoria e presidência da comissão, nesta quarta-feira (20), pegaram o governo de surpresa

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O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz | Lula Marques/Agência Brasil
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O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou nesta quarta-feira (20) que não enxerga como “uma derrota” a decisão dos parlamentares sobre a relatoria e a presidência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar fraudes bilionárias em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

"Não posso falar em nome de todo governo, mas posso dizer que vejo com naturalidade. Como ministro, eu só desejo que o interesse público seja a prioridade dos trabalhos da CPMI, que o relatório seja equilibrado, com justiça, e que aponte a verdade dos fatos", disse.

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O ministro ressaltou que o governo respeita a decisão dos parlamentares e que se compromete a fornecer todos os dados solicitados. "Da parte do Ministério da Previdência Social, nós vamos determinar, já estamos dando essa determinação, que todos os dados sejam disponibilizados de forma transparente”, disse.

Wolney também disse que deve ser um dos convidados a prestar esclarecimentos na comissão mista. E que fará questão de participar.

A CPMI do INSS foi instalada nesta quarta-feira (20) com mudanças inesperadas para o governo Lula. O senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente por 17 votos a 14, derrotando a indicação inicial do também senador Omar Aziz (PSD-AM), que havia sido articulada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Viana anunciou, ainda, o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), ex-promotor de Justiça, como relator da comissão, substituindo Ricardo Ayres (Republicanos-TO). As escolhas significaram uma vitória para a oposição ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O episódio chamou a atenção dentro do governo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, se reuniu com lideranças da base governista para tratar do assunto.

Na chegada ao Congresso, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, disse que deputados e senadores da base "subestimaram" a capacidade de mobilização da oposição.

Perguntando sobre a avaliação de Lindbergh Farias, Queiroz evitou críticas e reiterou que atua em uma posição institucional.

"Eu falo como ministro de Estado e como integrante do governo. Eu respeito qualquer que seja a decisão de qualquer CPMI. Então, a CPMI escolheu um relator e escolheu um presidente. Só me cabe aceitar e trabalhar com essa realidade que temos", declarou.

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O ministro também destacou que vê a CPMI como uma oportunidade para o governo apresentar suas ações.

"A CPI é uma oportunidade para o governo contar a sua história, que é uma história de quem chamou a polícia, de quem encerrou os descontos e quem devolveu o dinheiro aos aposentados”, afirmou.

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