Moraes se defende de ofensiva dos EUA: "Deixamos de ser colônia em 1822"
Declaração de ministro ocorreu durante a leitura de relatório nas ações da Lei de Abuso da Autoridade
Ellen Travassos
O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) se defendeu de críticas do governo dos Estados Unidos à Justiça brasileira por conta das suspensões da rede social X no ano passado e da plataforma de vídeos Rumble neste mês. Ele também agradeceu ao ministro Flávio Dino, que se manifestou publicamente em sua defesa.
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A declaração de Moraes ocorreu na esteira de medidas do governo Donald Trump e do Congresso norte-americano contra ele.
A declaração de Moraes ocorreu durante a leitura de relatório nas ações da Lei de Abuso da Autoridade. Ao iniciar a fala, ele citou o aniversário de 73 anos da reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque e disse que o ideário da época persiste: "luta contra o fascismo, nazismo e imperialismo".
"Nesses 73 anos de inauguração da sede oficial da ONU é importante que reafirmemos compromissos com a democracia, direitos humanos, igualdade entre nações", afirmou.
"Deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822 e com coragem estamos construindo uma república cada vez melhor", completou.
Barroso e Dino defendem Moraes
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, saiu em defesa de Moraes. Ele se referiu, sem citar nomes, àqueles que defenderam um golpe de Estado no Brasil.
"A tentativa de fazer prevalecer a narrativa dos que apoiaram o golpe fracassado não haverá de prevalecer entre as pessoas verdadeiramente de bem e democratas", afirmou Barroso.
O ministro Flávio Dino, do STF, saiu em defesa mais cedo, nesta quinta-feira (27) de Moraes, depois que a Comissão Judiciária da Câmara dos Deputados dos EUA ter aprovado, na quarta (26), um projeto de lei para proibir a entrada de Moraes no país norte-americano.
Em seu perfil no aplicativo Instagram, Dino brincou ter certeza de que Moraes seguirá viajando pelo Brasil e sugeriu que o colega tire férias em “Carolina, no Maranhão”, numa referência aos estados da Carolina do Norte e do Sul, que ficam nos EUA.
