Política

Moraes prorroga por cinco dias úteis prazo para governo do Rio enviar dados sobre megaoperação

Ministro do STF determinou envio de laudos, imagens de câmeras policiais e dados sobre prisões e mortes

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O ministro do STF Alexandre de Moraes | Rosinei Coutinho/STF
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acolheu nesta quarta-feira (12) um pedido do governo do Rio de Janeiro e prorrogou por cinco dias úteis o prazo para o envio de informações complementares sobre a megaoperação realizada em 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão. Com a decisão, o novo prazo termina na próxima segunda-feira (17).

Segundo o despacho, a prorrogação tem como objetivo “possibilitar que as Secretarias de Estado envolvidas disponham de tempo hábil para consolidar e encaminhar as informações e documentos conforme requerido”.

Em decisão anterior, Moraes determinou que o governo fluminense, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Estado apresentassem relatórios detalhados sobre a operação, considerada a mais letal da história do Rio, com 121 mortes confirmadas. O prazo era de dois dias úteis.

O ministro pediu esclarecimentos sobre laudos necroscópicos, relatórios de inteligência e as circunstâncias das prisões e mortes registradas durante a ação.

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Entre as determinações, Moraes ordenou que o governo do Rio preserve todas as imagens das câmeras corporais utilizadas por policiais civis e militares, envie cópias de todos os laudos necroscópicos com registro fotográfico e identifique os policiais que participaram da operação.

Também cobrou relatórios de inteligência que justificaram o cumprimento de mandados contra integrantes do Comando Vermelho e exigiu que os documentos sejam encaminhados sob sigilo.

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O ministro ainda solicitou ao Tribunal de Justiça do Rio a lista de pessoas presas durante a operação, distinguindo quem tinha mandado de prisão e quem foi detido em flagrante, além dos resultados das audiências de custódia.

Ao Ministério Público, Moraes solicitou cópias dos laudos produzidos pela perícia independente do órgão e a íntegra do procedimento investigatório em andamento.

À Defensoria Pública, pediu confirmação de que as famílias das vítimas têm acesso aos autos e estão recebendo a devida assistência jurídica e social.

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