Câmara vai decidir sobre votação do PL Antifacção após relator apresentar novo parecer, diz Motta
Presidente da Casa também afirmou que se reunirá com os líderes para decidir “conjuntamente” sobre a votação da proposta


Jessica Cardoso
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quarta-feira (12) que só decidirá sobre a votação do PL Antifacção, também chamado de Marco Legal de Combate ao Crime Organizado, após o relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), apresentar uma nova versão de seu parecer.
“É importante que essa construção política que foi construída ao longo do dia de hoje possa ser publicizada, dada a divulgação necessária para um tema tão importante e, a partir daí, vamos ouvir os líderes”, disse Motta durante a sessão plenária na Câmara.
O presidente explicou que o relator trabalha na quarta versão do texto, elaborada após uma série de conversas com parlamentares, governadores da oposição e representantes do governo federal. Motta ressaltou que deseja garantir transparência e um debate mais amplo antes de qualquer decisão sobre a tramitação do projeto.
“Até então não há nenhuma decisão tomada. O que há dessa presidência é o interesse de fazer o debate mais amplo possível nessa construção”, declarou.
Ele também pediu paciência aos parlamentares, reforçando que a decisão sobre a votação será tomada em conjunto com os líderes partidários após a publicação do novo parecer.
“Peço a vossas excelências um pouco mais de calma para que o relator possa subir seu relatório, demonstrar aquilo que foi sua construção para que, a partir daí, conjuntamente, irei chamar os líderes para que possamos decidir sobre o andamento dessa matéria aqui na Casa”, afirmou.
O PL Antifacção foi pautado para votação nesta quarta-feira (12), mas enfrenta resistências e pedidos de adiamento por parte de parlamentares que defendem mais tempo para discutir o texto.
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A proposta foi enviada ao Congresso pelo governo Lula (PT) em 31 de outubro, após a megaoperação do governo do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV), que deixou 121 mortos.








