Política

Cláudio Castro diz que Hugo Motta vai tentar adiar votação do PL Antifacção na Câmara por 30 dias

Governador do Rio disse que presidente da Câmara demonstrou sensibilidade ao pedido de ampliar o debate sobre o projeto

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Da esquerda para direita, os governadores Jorginho Mello (SC), Cláudio Castro (RJ) e Ronaldo Caiado (GO), e a vice-governadora Celina Leão (DF) | Reprodução/Youtube @camaradosdeputadosoficial
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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta quarta-feira (12) que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve tentar adiar a votação do projeto de lei conhecido como PL Antifacção, e rebatizado como Marco Legal de Combate ao Crime Organizado, por 30 dias.

"O presidente Hugo entendeu, se sensibilizou com o nosso pleito, e ficou de conversar com o relator e com o colégio de líderes para tentar dar esse prazo de 30 dias", disse.

Castro falou com jornalistas após a reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta, e outros governadores da oposição. Segundo ele, o adiamento busca evitar uma votação apressada de um texto que ainda precisa ser discutido com especialistas e instituições.

“Não foi discutido nenhum tema específico do projeto. [...] Não lemos texto [da proposta]. Discutimos ideias e a maneira que [o projeto] esta sendo tocado. Ainda que todos nós elogiamos o relator e a ideia de se discutir isso, nós, unanimamente, discordamos da rapidez desse projeto”, disse.

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Castro também declarou que o grupo pediu que o Poder Judiciário, os governadores, secretários e operadores de segurança pública sejam ouvidos antes da votação, além de uma articulação prévia com o Senado.

A ideia, para o governador fluminense, é garantir que o texto final tenha tramitação rápida após o consenso e resulte em uma lei que realmente fortaleça o trabalho de segurança pública nos estados.

“Comentamos com o presidente [Hugo Motta] que não nos interessa em nada aprovar uma legislação, qualquer que seja, e ela ficar parada no Senado ou então ela ser considerada inconstitucional”, afirmou.

Castro também disse que o foco deve ser em projetos que realmente auxiliem no combate ao crime organizado, “tentando deixar a política e 2026 um pouco de lado”, para que o país disponha de instrumentos eficazes no enfrentamento à criminalidade.

PL Antifacção

O projeto de lei foi enviado pelo governo Lula (PT) ao Congresso em 31 de outubro, após a megaoperação do governo do Rio de Janeiro contra a facção Comando Vermelho (CV), que deixou 121 mortos.

Na noite de terça-feira (11), o relator da proposta, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), apresentou uma terceira versão do texto.

O novo parecer manteve as atribuições da Polícia Federal (PF) no combate ao crime organizado e retirou a equiparação entre crime organizado e terrorismo.

Com as mudanças feitas para atender exigências do governo federal, o projeto de lei foi colocado na pauta da sessão do plenário da Câmara nesta quarta-feira (12).

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