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Política

Moraes abre novo inquérito contra Zambelli por coação e obstrução de investigação

Ministro do STF também pediu que a PF ouça a deputada federal e que o Banco Central informe os Pix recebidos por ela nos últimos 30 dias

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (4) a abertura de um novo inquérito contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para apurar a suposta prática dos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação de infração penal relacionada a organização criminosa.

A decisão foi motivada por uma série de entrevistas concedidas por Zambelli após deixar o Brasil, nas quais ela afirma ter fugido do país e manifesta intenção de dificultar o cumprimento da decisão judicial que a condenou a 10 anos de prisão.

Segundo a decisão, a deputada - condenada recentemente por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica - teria utilizado sua cidadania italiana para tentar escapar da aplicação da lei penal brasileira.

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Em entrevista à Rádio AuriVerde, declarou que se considera “intocável” na Itália e planeja fazer denúncias internacionais contra Moraes, afirmando que está “só começando”.

Além de determinar a oitiva da parlamentar — que poderá ser feita por escrito, já que ela se encontra no exterior —, Moraes também autorizou a Polícia Federal a monitorar e preservar conteúdos publicados nas redes sociais de Zambelli e de terceiros ligados a ela.

Movimentação de Pix

O ministro ordenou ainda que o Banco Central envie, no prazo de dez dias, informações detalhadas sobre todos os valores e remetentes de transferências via Pix para a deputada nos últimos 30 dias.

A decisão aponta que Zambelli está reiterando condutas criminosas e utilizando plataformas digitais para atacar as instituições democráticas brasileiras. As declarações da parlamentar, nas quais critica o sistema eleitoral brasileiro e propaga alegações infundadas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, também foram consideradas para a abertura da investigação.

O inquérito tramita sob sigilo e foi remetido à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República para as providências cabíveis.

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