Ministra da Saúde destaca escola como lugar central para promover vacinação
Ministra da Saúde participou de ação de vacinação em unidade de ensino em Brasília; calendário da vacinação nas escolas vai até 19 de abril
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta quarta-feira (3) que a escola é um lugar central para a promoção da saúde. A declaração foi dada durante ação do Movimento Nacional pela Vacinação na Comunidade Escolar, do ministério, no Centro de Ensino Fundamental 306 Norte, em Brasília. No evento, vários alunos puderam se vacinar.
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"A escola sempre foi um lugar central para a promoção da saúde e assim continuará. Estamos fazendo um trabalho de recuperação da cobertura vacinal no Brasil e as escolas têm um papel muito importante nesse processo", pontuou Nísia.
De acordo com o Ministério da Saúde, o calendário da vacinação nas escolas vai até 19 de abril. O objetivo é atualizar a caderneta de crianças e adolescentes menores de 15 anos, com as vacinas ofertadas para a faixa, como as contra a poliomielite, febre amarela, meningite ACWY, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e o HPV.
O calendário faz parte do Programa Saúde na Escola (PSE), uma política intersetorial dos ministério da Saúde e da Educação. O PSE foi instituído em 2007 por decreto presidencial.
O Ministério da Saúde ressalta que ofertar a aplicação de vacinas no ambiente escolar "é uma importante estratégia para retomar as altas coberturas vacinais, reduzir doenças imunopreveníveis e fortalecer o microplanejamento com base na realidade local".
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Ainda de acordo com a pasta, em 2023, quase 4 mil cidades do país "adotaram a estratégia e viram resultados positivos, especialmente na vacina contra o HPV". No último ano, foram aplicadas mais de 6,1 milhões de doses do imunizante contra o papilomavírus humano, maior número desde 2018 e 42% maior que o de 2022.
"Em 2023, entre as crianças com 1 ano de idade, os imunizantes contra hepatite A, poliomielite, pneumocócica, meningocócica, DTP (difteria, tétano e coqueluche) e tríplice viral 1ª dose e 2ª dose (sarampo, caxumba e rubéola) registraram crescimento", acrescenta o ministério. Houve aumento ainda na cobertura da vacina contra a febre amarela.
A pasta repassou R$ 150 milhões a estados e municípios, em 2024, como incentivo financeiro para custear ações de vacinação, entre elas a mobilização nas escolas.