Michelle Bolsonaro diz que ato em Copacabana não é "por um homem ou uma mulher, mas pelo reino de Deus"
Ex-primeira-dama citou Lucas 12:2, versículo citado por Bolsonaro durante campanha de 2022 que depois batizou ação da PF contra ex-presidente
Em ato na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (21) a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) voltou a citar o versículo 2 do livro 12 de Lucas, sempre usado por Jair Bolsonaro durante a campanha de 2022 e que, depois, batizou uma operação da Polícia Federal. Deflagrada em agosto de 2023, a investigação mirou aliados de Jair Bolsonaro (PL) suspeitos de terem vendido joias e outros objetos de valor recebidos pelo ex-presidente em missões oficiais.
“Lucas 12:2 está fazendo efeito na nossa nação”, afirmou Michelle. O verso bíblico diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.
Assim como no evento da Avenida Paulista, em 25 de fevereiro, Michelle, que preside o PL Mulher, fez uma fala religiosa. "Não é por um homem, não é por uma mulher, é pelos valores, pelos princípios, pelo reino de Deus estabelecido na Terra", disse. Agradeceu a Deus e finalizou orando um Pai Nosso.
Michelle reafirmou que este é um ano “decisivo”, fazendo referência à eleição municipal, e afirmou que o país precisa do que classifica como “política nova”. “Mulheres fazendo uma política feminina e não feminista", disse Michelle, que também fez menção à disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro. O deputado federal e pré-candidato Alexandre Ramagem (PL) esteve presente no evento.
Quando entregou o microfone, a ex-primeira-dama afirmou que Silas e Bolsonaro a alertaram sobre ser breve. "Falei demais em São Paulo, meu marido me lembrou hoje", disse Michelle Bolsonaro.
Caso das joias sauditas
Antes de ir para os Estados Unidos, após perder as eleições, o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou recuperar um conjunto de joias presenteadas pelo governo saudita, mas não teve sucesso. A Polícia Federal começou, então, a investigar um possível esquema de desvio de dinheiro de presentes recebidos em missões oficiais.
Quatro pessoas estão sendo investigadas, incluindo o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. Embora seu nome tenha sido mencionado como parte de uma possível organização criminosa, Bolsonaro não foi alvo da operação.