Lula volta a criticar Milei por faltar ao Mercosul: “Quem mais perde é o povo argentino”
Presidente classificou a ausência do colega argentino como uma “bobagem imensa” por conta da importância do país
Na saída do hotel em Assunção (PAR), no caminho para Santa Cruz de la Sierra (BOL), nesta segunda-feira (8), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a criticar o presidente da Argentina, Javier Milei, por não comparecer à cúpula do Mercosul neste final de semana.
Segundo Lula, quem mais perde com a ausência de Milei no encontro do bloco sul-americano é o povo argentino, devido às parcerias comerciais entre os países do continente, e pela necessidade de apoio no combate à pobreza.
“Quem não veio, não sabe o que tá acontecendo. Sempre que tenho uma reunião com outro chefe de Estado, eu sempre faço questão de participar. É uma bobagem imensa um presidente de um país importante como a Argentina não participar de uma reunião com o Mercosul. É triste para a Argentina. O povo argentino precisa do Mercosul e o Mercosul precisa do povo argentino”, avaliou.
Lula afirmou ainda que os líderes do Mercosul estão trabalhando no fortalecimento da relação do Mercosul com a Argentina, por acreditar na importância do país para o bloco.
Vitórias contra a extrema-direita
O presidente brasileiro disse ainda que “não se interessa” pela reunião de conservadores na qual Javier Milei compareceu, em Santa Catarina, neste domingo (7), ao invés da cúpula do Mercosul, e classificou a escolha do colega argentino como uma “perda de tempo antidemocrática”.
Para Lula, o resultado das eleições na França e no Reino Unido caracterizam uma resposta contra a extrema-direita no mundo.
“É um avanço importante (sobre os Trabalhistas no Reino Unido). E depois, o que aconteceu na França é aquela coisa maravilhosa do que representa a democracia. Quando parecia que tudo estava confuso, quando parecia que tudo estava dando errado, eis que o povo se manifesta, o povo vai para a rua e diz ‘nós queremos que os setores democráticos continuem governando a França. A gente não quer a extrema direita, a gente não quer fascista, a gente não quer nazista, a gente quer democracia’. Foi isso que aconteceu na França então eu estou muito feliz”, observou.
Lula também expressou desejo de que o atual presidente da França, Emmanuel Macron, se una com as forças da esquerda entrem em acordo para “montar um governo que atenda aos interesses do povo francês”.