Política

Lula inaugura conselho para tratar de minerais críticos e terras raras cobiçados pelos Estados Unidos

Criação do grupo antecede reunião sobre o tema entre membros dos governos brasileiro e norte-americano, marcada para os dias 30 e 31 de outubro

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O presidente Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante reunião do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM) | Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta quinta-feira (16), da reunião inaugural do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM). Entre outras tarefas, o grupo assessora o Palácio do Planalto sobre um tema muito caro aos Estados Unidos: os minerais críticos.

O encontro no Ministério de Minas e Energia (MME) foi realizado um dia depois do anúncio de que os governos brasileiro e norte-americano vão discutir minerais críticos e terras raras no fim deste mês.

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Na quarta-feira (15), durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro Alexandre Silveira adiantou que vai se encontrar, entre os dias 30 e 31 de outubro, com o secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright.

O convite partiu da Casa Branca, que já manifestou interesse nos minerais brasileiros diante do estremecimento das relações com a China.

"Abre uma grande oportunidade para o Brasil. O Brasil tem terras raras em abundância, tem cobre, tem urânio, tem os minerais críticos e estratégicos em abundância, em especial os estratégicos", disse Silveira.

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Uma das iniciativas do conselho, inaugurado nesta quinta (16), é a criação de um grupo de trabalho sobre minerais críticos e estratégicos. A ideia, segundo o ministro de Minas e Energia, é chegar a uma "política macro sobre o potencial do Brasil para a transição energética, fortalecendo a nossa soberania".

O Brasil tem, hoje, a segunda maior reserva de terras raras do mundo, perdendo apenas para a China. A maior parte dos depósitos minerais se concentra em Goiás, Minas Gerais, Bahia e Amazônia.

Ainda assim, a indústria de utilização desses minérios é insipiente. O que é exportado para a China, por exemplo, segue para a Ásia na forma bruta, sem refinamento. A partir desses minerais é possível produzir, por exemplo, motores elétricos, turbinas eólicas, baterias e semicondutores.

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