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Política

Lula fala sobre tentativa de golpe e envenenamento em jantar com Xi Jinping no Itamaraty

Em vídeo durante discurso de abertura de jantar oferecido ao presidente chinês, Lula cita que vice Geraldo Alckmin poderia ter sido envenenado

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Lula e Xi Jinping | Divulgação/Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou pela primeira vez sobre a suposta tentativa de golpe de Estado articulada por militares após eleições de 2022. Em jantar oferecido ao presidente da China, Xi Jinping, no Palácio do Itamaraty, o chefe do poder Executivo comentou operação da Polícia Federal (PF) que revelou planos para matar ele, vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) por tiro ou veneno.

+ Plano golpista tratou mortes de autoridades como "danos colaterais aceitáveis", destaca PF

O jantar dessa quarta-feira (20) foi fechado à imprensa, mas um vídeo publicado nesta quinta (21) pela coluna do jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, mostra momento em que Lula faz discurso de abertura e diz que Alckmin "escapou do envenenamento".

"Eu queria começar cumprimentando a minha querida companheira Janja, cumprimentar o companheiro Xi Jinping, presidente da República Popular da China, cumprimentar a nossa companheira Dilma Rousseff, presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento. E cumprimentar o companheiro Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, ministro do Desenvolvimento e Comércio, que escapou do envenenamento e está aqui com a gente", falou Lula.

+ Militares envolvidos em tentativa de golpe planejaram envenenar Lula, Moraes e Alckmin e monitoraram autoridades, diz PF

Logo após a reunião de cúpula do G20, Lula recebeu Xi Jinping no Palácio do Alvorada em visita oficial do presidente chinês. Os chefes de Estado anunciaram a assinatura de 37 atos de cooperação, comercial e de investimentos entre os dois países. A China é a maior parceira comercial do Brasil.

Operação Contragolpe

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de terça (19), a operação Contragolpe, mirando militares e envolvidos em planejamento de golpe de Estado após eleições de 2022 e assassinato do presidente Lula, do vice Alckmin e do ministro Moraes.

A PF identificou que investigados são, "em sua maioria", militares das Forças Especiais (FE), os chamados "kids pretos". Por isso, membros dessa organização criminosa golpista usaram "conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022". Quatro militares, entre eles o general da reserva Mario Fernandes, e um policial federal foram presos na força-tarefa.

Uma das reuniões para definir o plano de execução do golpe e de assassinato das autoridades foi realizada na casa do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e vice na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022.

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