Lula diz que isenção do IR mira "injustiça tributária"
Em pronunciamento, presidente afirma que a nova lei corrige desigualdades, amplia a base isenta e aumenta a taxação sobre a parcela mais rica da população


Vicklin Moraes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) afirmou, em pronunciamento em rede nacional neste domingo (30), que a nova faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais deve injetar R$ 28 bilhões na economia em 2026, segundo cálculos da Receita Federal.
O presidente ainda afirmou que a medida corrige o que chamou de “injustiça tributária”, apontando que trabalhadores pagam proporcionalmente mais impostos do que os mais ricos.
Lula disse que a ampliação será financiada por uma pequena parcela da população, cerca de 0,1%, que passará a pagar mais impostos.
"Quem mora em mansão, tem dinheiro no exterior, coleciona carros importados, jatinhos particulares e jet-skis, paga dez vezes menos do que uma professora, um policial ou uma enfermeira", afirmou Lula.
O presidente afirmou que a mudança busca reduzir privilégios e aumentar a progressividade do sistema tributário. Ele criticou a diferença de carga entre contribuintes de alta renda e profissionais da classe média, como professores, policiais e enfermeiros.
A lei que amplia a isenção foi sancionada na quarta-feira (26). A medida eleva para R$ 5 mil a faixa de renda mensal isenta e concede desconto no imposto para quem recebe até R$ 7.350. O texto, aprovado pelo Congresso no início de novembro, prevê uma taxação mínima de até 10% para pessoas com renda anual superior a R$ 600 mil, com o objetivo de compensar a perda de arrecadação.
A mudança foi uma promessa de campanha de Lula em 2022 e deve ser central na disputa eleitoral de 2026. A proposta tem forte apelo popular e recebeu apoio de todos os partidos na Câmara e no Senado, inclusive das bases parlamentares de oposição.









