Eleições: Lula dá liberdade para ministros escolherem candidatos, mas 'sem atacar adversários'
Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, presidente não pediu alinhamento ideológico a ministros, mas pediu 'campanha' limpa e sem ataques
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu liberdade aos ministros para apoiarem os candidatos que desejarem nas eleições municipais. Durante a reunião ministerial realizada nesta quinta-feira (8), o chefe do Planalto disse que não cobrará alinhamento partidário, mas pediu para as campanhas focarem em elogios aos seus candidatos, mas pediu para evitar ataques diretos aos adversários políticos.
Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente fez o apelo pois pegaria mal um ministro do governo federal atacar um adversário, seja da base ou da oposição.
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"O presidente orientou que os ministros que cada um tinha absoluta liberdade pra escolher seus candidatos. Ele também orientou que os ministros que tivessem participando das campanhas, para fazer elogios aos seus candidatos, mas não fazer críticas ao adversário, independentemente de quem seja, oposição ou base".
"Cada político deve fazer a política que Lula tem defendido, da cintura para cima. De propostas, mas não atacando adversário. Por mais que esteja em campanha, é um ministro do governo que está ali", acrescentou.
A reunião durou cerca de sete horas. O presidente da República pediu para cada ministro e presidentes de bancos públicos e empresas estatais para fazerem apresentações de cinco minutos com um balanço das medidas adotadas ao longo dos 20 meses de governo até aqui.
Durante as reuniões ministeriais, o presidente da República costuam também fazer cobranças e até mesmo dar broncs em alguns ministros, mas segundo Rui Costa, o encontro desta quinta-feira foi "só alegria".
Eleições na Venezuela
Rui Costa também falou que a situação da Venezuela foi debatida na reunião durante a fala do chanceler, Mauro Vieira. De acordo com o ministro da Casa Civil, o Brasil segue tentando uma solução pacífica, mas afirmou que se não a situação não melhorar, será preciso "encontrar uma solução".
Rui Costa também afirmou que a posição brasileira em conjunto com México e Colômbia têm apoio da União Europeia (UE). Em comunicado, a UE não reconheceu a vitória de Nicolás Maduro, mas também fez elogios à postura dos países em mediar uma solução.