Lira convoca reunião e Pacheco anuncia comissão para socorrer o Rio Grande do Sul
Presidente do Senado afirmou que o grupo irá acompanhar e fiscalizar providências no território gaúcho
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), agendou uma reunião com líderes partidários para discutir medidas de socorro ao Rio Grande do Sul, diante da tragédia causada pelas fortes chuvas que atingiram o estado nos últimos dias. O encontro ocorrerá na Residência Oficial da Presidência da Câmara, em Brasília, às 17h, nesta segunda-feira (6).
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Lira visitou o RS em uma comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo (5). Durante a visita, disse que o Congresso tem a responsabilidade de elaborar uma "medida totalmente extraordinária" em relação à tragédia.
De acordo com o presidente da Câmara, além de adotar providências em relação ao Rio Grande do Sul, os congressistas devem discutir sobre causa e efeito de desastres naturais.
Antes da reunião com os líderes, nesta segunda, ele se reunirá com o presidente Lula, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, para tratar da catástrofe no território gaúcho. A reunião ocorrerá no Palácio do Planalto.
Comissão temporária externa
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (6), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também esteve na comitiva de Lula no domingo, disse que decidiu, com a bancada gaúcha da Casa, pela criação de uma comissão temporária externa para acompanhar e fiscalizar as medidas que estão sendo tomadas no Rio Grande do Sul, no âmbito do Executivo, diante dos danos causados pelas chuvas.
A comissão será integrada pela bancada do RS — Hamilton Mourão (Republicanos), Paulo Paim (PT) e Ireneu Orth (PP) — e uma indicação de cada bloco partidário, no total de oito membros. Ela também centralizará as iniciativas legislativas para ajudar o Rio Grande do Sul.
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De acordo com Pacheco, uma medida parecida com a PEC do "orçamento de guerra", adotada na pandemia, pode ser estudada diante da tragédia no território gaúcho. O senador afirmou que a situação do RS "não tem base de comparação", porque o estado foi afetado.
"Realmente é algo sem precedentes no Brasil e isso precisa ser compreendido dessa forma, e todo o esforço federativo e dos Poderes para poder remediar isso nós precisamos fazer. Nós não podemos barrar em excesso de burocracia e em limitações impostas numa situação de normalidade", pontuou.
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O boletim da Defesa Civil do estado divulgado ao meio-dia desta segunda mostra que as fortes chuvas deixaram 83 mortos. Outros quatro óbitos estão em investigação. Há 111 pessoas desaparecidas, e o número de feridos chegou a 291.
Mais de 149 mil pessoas estão fora de suas casas; 20.070 delas estão desabrigadas e outras 129.279 estão desalojadas. No total, mais de 873 mil indivíduos foram afetados pelas chuvas, em 364 municípios.