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Política

Líder do PT quer impedir Eduardo Bolsonaro de assumir comissão de relações exteriores

Argumento é que parlamentar poderia intensificar embates com Alexandre de Moraes e o STF; Eduardo não se manifesta

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O deputado Lindbergh Farias em debate na Câmara (Mario Agra / Câmara dos Deputados)
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O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), disse que o partido está tentando costurar um acordo com outras legendas para impedir que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assuma a presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. A Câmara está definindo nos próximos dias a composição das comissões. São esses colegiados os responsáveis por debater os projetos de lei antes de eles serem votados no plenário da casa.

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Conforme Farias, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos líderes da extrema direita que articula contra o Supremo Tribunal Federal. A eventual assunção de Eduardo à presidência da comissão, poderia, diz o líder petista, representar uma afronta ao Judiciário brasileiro.

"Eduardo Bolsonaro na presidência da CREDN é reforçar uma articulação de contrangimento do Supremo Tribunal Federal, especialmente do [ministro] Alexandre de Moraes", disse o parlamentar.

No mês passado, deputados dos Estados Unidos aprovaram no Comitê Judiciário um projeto que busca barrar a entrada no país ou deportar autoridades estrangeiras acusadas de promover censura contra cidadãos estadunidenses em território norte-americano.

Segundo o comitê, a medida responde a decisões judiciais internacionais que, na visão dos deputados, ameaçam a liberdade de expressão no país. Os casos de Alexandre de Moraes que determinou a suspensão do X em 2024 e a do Rumble neste mês, foram citados como um dos principais exemplos.

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A deputada americana Maria Salazar, republicana, que também apresentou a proposta, se reuniu antes dessa votação com Eduardo Bolsonaro no Brasil, e classificou Moraes como "a vanguarda de um ataque internacional à liberdade de expressão".

Procurado, Eduardo Bolsonaro não se manifestou até a publicação desta reportagem.

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