Política

Justiça da Itália adia pela terceira vez decisão sobre extradição de Zambelli

Defesa pediu novo prazo e corte italiana remarcou análise do pedido para janeiro de 2026

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A deputada Carla Zambelli | Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A Justiça da Itália adiou pela terceira vez a decisão sobre a extradição da ex-deputada Carla Zambelli (PL-SP), atualmente detida em Roma, alvo de pedido formal das autoridades brasileiras para retorno ao país. A Corte de Apelação da capital italiana remarcou o julgamento para o dia 20 de janeiro de 2026, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (18).

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A nova data foi fixada após um pedido da defesa de Zambelli, que justificou a necessidade de mais tempo para a análise de documentos apresentados ao longo do processo. A mudança representa mais um capítulo em um caso marcado por sucessivos adiamentos desde que a primeira audiência foi programada.

Zambelli está presa na Itália desde julho de 2025, após fugir do Brasil em meio a sentenças proferidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No Brasil, ela recebeu duas condenações, incluindo uma de dez anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça e falsidade ideológica, motivando o pedido de extradição por parte da Advocacia-Geral da União (AGU).

A Corte de Apelação italiana também avalia os pedidos apresentados pela defesa, incluindo tentativas de aguardar em liberdade ou em prisão domiciliar durante a tramitação do processo. Até o momento, os magistrados têm mantido Zambelli em prisão cautelar ao considerar que há risco de fuga enquanto a extradição não é definida.

Após a decisão de janeiro, a expectativa é de que a Justiça italiana tome a primeira determinação sobre o pedido de extradição. Independentemente do resultado nessa fase, tanto a defesa quanto o Ministério Público italiano podem recorrer a instâncias superiores. A palavra final sobre o envio de Zambelli ao Brasil poderá ser dada pelo Ministério da Justiça italiano.

O caso segue sendo acompanhado por autoridades brasileiras, que têm defendido a legalidade do pedido de extradição com base nas condenações do STF e nos tratados internacionais vigentes entre Brasil e Itália.

No domingo (14), Zambelli comunicou ao Congresso a renúncia de seu mandato, após o ministro do STF, Alexandre de Moraes, decretar sua cassação imediata.

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