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Política

Itamaraty defende solução de dois Estados após Hamas aceitar negociar com Israel

Grupo extremista concordou com parte do acordo de paz proposto pelos Estados Unidos

Imagem da noticia Itamaraty defende solução de dois Estados após Hamas aceitar negociar com Israel
Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores | Reprodução
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O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) se manifestou neste sábado (4) sobre o plano de paz para a Faixa de Gaza, elaborado pelos Estados Unidos. No texto, a pasta diz “acompanhar com atenção” as negociações entre Israel e Hamas, e reafirma que o único caminho para a paz é a “solução de dois Estados”.

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A declaração foi emitida após o Hamas aceitar parte do acordo de paz proposto por Washington Por enquanto, o grupo se comprometeu a libertar os 48 reféns ainda mantidos em Gaza, bem como ceder a administração do enclave palestino a um órgão internacional independente. Outros pontos do texto, por sua vez, ainda serão discutidos.

Caso seja aceito integralmente pelo Hamas, o Itamaraty disse esperar que o acordo resulte na cessação imediata e permanente dos ataques israelenses à Faixa de Gaza e na entrada de ajuda humanitária na região. Defendeu, ainda, a retirada completa das forças israelenses de Gaza, o início urgente da reconstrução do enclave palestino e a restauração da unidade político-geográfica da Palestina.

“O Brasil reafirma a convicção de que o único caminho para uma paz justa, estável e duradoura no Oriente Médio passa pela implementação da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital”, disse.

A pasta acrescentou que qualquer força internacional de estabilização a ser desdobrada em Gaza deve contar com um mandato “cuidadosamente desenhado”. Antes de implementado, o grupo também deve obter aprovação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Acordo de paz

O acordo de paz elaborado pelos Estados Unidos, em parceria com Israel, engloba a libertação dos reféns ainda mantidos pelo Hamas, vivos e mortos, em troca de 250 palestinos condenados e 1.700 detidos em Israel. O texto também inclui a desmilitarização de Gaza e a entrada de ajuda humanitária na região, incluindo reabilitação de infraestrutura.

Ainda é proposto que, enquanto um novo governo não é firmado, o enclave palestino será administrado por uma gestão internacional temporário, chamado de “Conselho da Paz”, chefiada por Trump e outros líderes e ex-chefes de Estado, incluindo o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, e palestinos qualificados. O Hamas, por sua vez, não terá participação no governo.

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Outros pontos do acordo incluem a criação de um plano de desenvolvimento para reconstruir e revitalizar Gaza; anistia a integrantes do grupo extremista que se renderem; estabelecimento de uma zona econômica especial com tarifas preferenciais e taxas de acesso negociadas; e garantia de segurança por parceiros regionais, que deverão impedir o Hamas e outras facções de descumprirem os termos do acordo.

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