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Política

Imprensa internacional repercute decisão dos EUA contra esposa de Moraes: 'Trump se vinga'

Medida inclui o congelamento de bens de Viviane em território norte-americano e a proibição de qualquer transação comercial com cidadãos ou empresas dos EUA

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Alexandre de Moraes e a esposa do ministro do STF, Viviane Barci de Moraes, em Brasília | Foto: Adriano Machado/Reuters - 07.09.2024
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A imprensa internacional repercutiu a decisão dos Estados Unidos de sancionar, com base na lei Magnitsky, a esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes. A medida, anunciada pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, inclui o congelamento de bens de Viviane em território norte-americano e a proibição de qualquer transação comercial com cidadãos ou empresas dos EUA.

A sanção foi justificada como resposta a supostas violações de direitos humanos ligadas ao julgamento do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, condenado por golpe de Estado e outros crimes em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Em julho, Moraes já havia sido alvo da mesma sanção por parte dos EUA, sob alegação de "orquestrar uma caça às bruxas" contra opositores.

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Diferentes veículos estrangeiros apontaram uma escalada de tensão entre Brasil e Estados Unidos, que vivem pior momento de sua relação diplomática de 200 anos. O jornal Le Monde, um dos principais da França, publicou que "a administração norte-americana exerce pressão crescente contra autoridades judiciais brasileiras" e contextualizou a decisão como parte de "uma crise diplomática em curso".

No Canadá, o site TVA Nouvelles noticiou que "as sanções aumentam a crise entre os dois países" e que Moraes é acusado de "orquestrar uma caça às bruxas contra Bolsonaro". O veículo também ressaltou que a inclusão de Viviane nas sanções representa uma escalada diplomática sem precedentes entre os dois países.

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A edição suíça do jornal 20 Minutes adotou tom ainda mais incisivo, afirmando que "Trump se vinga da esposa do juiz". Na mesma linha, a versão francesa do veículo destacou que "os Estados Unidos se voltam contra a esposa do juiz brasileiro que condenou Bolsonaro".

A lei Magnitsky é uma das mais severas disponíveis para os Estados Unidos punirem estrangeiros que consideram autores de graves violações de direitos humanos e práticas de corrupção. Sua aplicação para familiares de um juiz é algo sem precedentes na lei, um dos motivos pelos quais a notícia foi destaque mundialmente.

A norma foi criada em 2012, diante de um caso específico, o do advogado russo Sergei Magnitsky, que prestava serviços para a empresa Hermitage Capital Management, um dos maiores fundos de investimento estrangeiro na Rússia. Após denunciar um esquema de fraude fiscal envolvendo autoridades russas, ele foi preso, sob acusação de evasão fiscal, e morreu na prisão, sem julgamento e em condições degradantes.

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