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França reconhece Estado da Palestina e desafia Israel em meio à guerra em Gaza

A decisão se soma a iniciativas de Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal, que reconheceram neste domingo (21)

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Macron: devemos abrir caminho para a paz - Reuters / Reprodução
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O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta segunda-feira (22) que o país passará a reconhecer oficialmente o Estado da Palestina, em uma decisão revelada durante reunião com a Arábia Saudita nas Nações Unidas, em Nova York.

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“Devemos abrir caminho para a paz. Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para preservar a possibilidade de uma solução de dois Estados, com Israel e Palestina vivendo lado a lado em paz e segurança”, declarou Macron.

A decisão francesa ocorre em meio à intensificação da guerra em Gaza, onde, segundo autoridades locais, mais de 65 mil palestinos já foram mortos desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que deixou cerca de 1.200 israelenses mortos. Nas últimas semanas, Israel iniciou um ataque terrestre à Cidade de Gaza, sem previsão de cessar-fogo.

Países que já reconheceram

Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal anunciaram neste domingo (21) o reconhecimento do Estado da Palestina. A decisão se soma a iniciativas recentes de Luxemburgo, Malta, Bélgica e Mônaco, que já haviam declarado apoio antes da Assembleia Geral da ONU desta semana.

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Duas das principais economias da União Europeia resistem ao movimento. Alemanha e Itália indicaram que não devem adotar a medida tão cedo.

Um porta-voz do governo alemão declarou nesta segunda-feira (22) que não devem ocorrer novas anexações em territórios ocupados por Israel, reforçando a posição de cautela de Berlim. Já a Itália classificou o reconhecimento de um Estado palestino como uma medida “contraproducente”, alegando risco de inviabilizar negociações futuras.

A Rússia também se posicionou nesta segunda-feira e reafirmou que a solução de dois Estados continua sendo, segundo o Kremlin, a única saída possível para o conflito.

Reações e divisões

Israel reagiu com dureza, afirmando que não aceitará a criação de um Estado palestino. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu manter a campanha militar até a destruição do Hamas. Os Estados Unidos também criticaram a decisão, dizendo que o reconhecimento pode “criar mais problemas” e reiteraram seu veto à entrada plena da Palestina na ONU.

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O presidente palestino Mahmoud Abbas, impedido de viajar aos EUA após ter o visto negado, discursou por videoconferência. Ele agradeceu o gesto francês e pediu que outros países sigam o exemplo: “Pedimos seu apoio para que a Palestina se torne um membro de pleno direito das Nações Unidas”, disse, prometendo eleições e reformas após um cessar-fogo.

Na Europa, a decisão expôs divisões. Luxemburgo, Malta, Bélgica e Mônaco também aderiram ao reconhecimento, enquanto Alemanha e Itália rejeitam por considerar que o processo deve ocorrer somente após negociações de paz.

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