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Governo vai fiscalizar empresas que omitem dados sobre igualdade salarial entre gêneros, diz Marinho

Lei da Igualdade Salarial determina a publicação semestral de relatórios de transparência salarial por empresas com 100 ou mais empregados

Governo vai fiscalizar empresas que omitem dados sobre igualdade salarial entre gêneros, diz Marinho
Governo fiscalização empresas igualdade salarial
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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta terça-feira (30) que a "esmagadora maioria dos empregadores e empregadoras" enviaram ao governo os dados sobre os salários de seus funcionários, que o Executivo solicitou amparado pela Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres, e pelo decreto e portaria referentes à norma. Segundo o ministro, as empresas que omitem informações cuja divulgação é obrigatória pela lei e a respectiva regulamentação serão fiscalizadas.

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"O que tem a esconder? Tem um ditado popular que se você está escondendo, alguma coisa está errada. É isso? Se é isso, terá o nosso olhar, de maneira especializada, porque foi uma maneira planejada a respeito disso", disse o ministro. As declarações foram dadas durante a divulgação dos dados do Caged de março de 2024.

Segundo Marinho, neste 1º de maio, Dia do Trabalhador, vai anunciar que determinará para a área de fiscalização fazer um planejamento olhando para as empresas que estão resistindo a divulgar as informações.

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A Lei da Igualdade Salarial, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em julho do ano passado, determina a publicação semestral de relatórios de transparência salarial pelas pessoas jurídicas de direito privado com 100 ou mais empregados, observada a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. A regulamentação prevê que as empresas divulguem em suas páginas na internet e redes sociais um Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios. Os documentos devem conter ao menos o cargo ou ocupação das trabalhadoras e trabalhadores e os valores de todas as remunerações.

A publicação dos relatórios deve ocorrer nos meses de março e setembro. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) pode solicitar às empresas informações complementares àquelas que constam no documento, para fins de fiscalização e averiguação cadastral.

De acordo com o MTE, menos de 300 empresas em 50 mil receberam autorização da Justiça Federal para não divulgarem as informações de transparência salarial e de critérios remuneratórios. Entre elas, farmácias, indústrias e universidades.

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"Primeiro, estamos falando de um número insignificante do ponto de visto de quantitativo. E por isso que eu enalteci a grande massa de empresas que estão entendendo o espírito da lei e estão colaborando, que não tem nenhum motivo para insegurança, não tem nenhum motivo de ficar preocupados", pontuou o ministro Luiz Marinho.

"Se tem um pequeno segmento, seguramente eles devem ter alguma coisa a esconder. Se tem alguma coisa a esconder, vamos olhar. Então essas que terão a nossa atenção. E se trata de tão pouco, que nos aguarde para atenção".

Ele prosseguiu: "Mas elas podem ainda, se quiserem, voltar atrás. Falar 'olha, vamos olhar'. Nós estamos abertos para dialogar. Esses segmentos que não nos procuraram para diálogo receberão a visita do auditor fiscal para observar o que eles querem esconder. Se querem atenção, terão atenção".

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