Caged: Brasil abre mais de 244 mil empregos formais em março, recorde para o mês desde 2020
Dado apresenta diferenças metodológicas com os que foram divulgados pelo IBGE na Pnad Contínua; entenda
O Brasil abriu 244.315 empregos com carteira assinada (CLT). É o que mostram os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), nesta terça-feira (30), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
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Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, este foi o melhor resultado do Caged para o mês de março desde 2020.
“Ou seja, é um momento importante, então eu creio que neste Primeiro de Maio nós temos motivos para fixar a luta da classe trabalhadora por melhores condições”, disse Marinho
Em relação aos três primeiros meses de 2023, quando comparado com o primeiro trimestre deste ano, o aumento foi de 34%. O salário médio de admissão foi de R$ 2.081,50, no entanto, teve uma variação negativa de 0,25%, o que representa uma queda de R$ 5,25.
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No total, 46.236.308 pessoas estavam com carteira assinada em março deste ano.
Serviços lidera abertura de novas vagas
O maior crescimento do emprego formal no mês passado ocorreu no setor de serviços, que também representa quase um terço das vagas de emprego disponíveis no Brasil, com a criação de 148.722 postos. No comércio, foram criados 37.493 novas vagas formais; na indústria, 35.886, concentrados na indústria da transformação; e na construção 28.666. O único grande grupamento com saldo negativo foi a agropecuária, com 6.457 postos a menos, em razão das sazonalidades do setor.
A maioria das vagas criadas no mês de março foram preenchidas por mulheres (124.483). Homens ocuparam 119.832 novos postos. A faixa etária com maior saldo foi a de 18 a 24 anos, com 138.901 postos.
Diferenças com dados divulgados no IBGE pela PNAD
Há diferenças metodológicas entre as duas pesquisas, que foram divulgadas nesta terça-feira (30), por isso, os dados não são comparáveis. Uma delas, o Caged, considera apenas os trabalhadores no regime de carteira assinada (CLT), por meio de coleta do setor privado da economia, ou seja, pelos cadastros das empresas.
Já os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua), incluem também o setor informal da economia na estatística e a pesquisa é feita em domicílios, mediante entrevistas com todos os residentes.