Em meio a crise, Rui Costa pede apoio de senadores para recursos em obras do Novo PAC
Ministro nega que impasse entre Congresso e governo afete estratégia e mantém pedido para emendas parlamentares
Em meio às dificuldades de negociações do governo com o Congresso, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, pediu nesta terça-feira (30) pelo apoio de senadores para o Novo Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC). A intenção do governo é conseguir que parlamentares escolham o PAC para destinação de emendas, de forma a contornar os cortes de R$ 6,3 milhões ao programa que foram definidos no Orçamento.
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"São projetos que preencheram os pré-requisitos de serem atendidos, mas nós não tínhamos recursos suficientes no Orçamento da União para atendê-los. Nós os colocamos na categoria de habilitados para que os senadores e os deputados, através de emendas de bancada, emendas de comissão, emendas de relator, emendas individuais, possam abraçar essas propostas e, eventualmente, colocá-las como selecionadas", afirmou o ministro em audiência da Comissão de Infraestrutura do Senado.
Ainda segundo a Casa Civil, 9.285 obras estão como habilitadas e podem receber recursos dos congressistas. Dessas, 6.778 foram selecionadas. As localidades contemplam os 26 estados e Distrito Federal.
Rui Costa ainda negou que a atual crise de articulação entre governo e Congresso possa impactar o programa, que é uma das prioridades do governo Lula (PT). "Já temos manifestação. Já temos emendas de bancada. As emendas podem ser diversas, e fomos procurados por deputados que querem e já tinham emendas para apoiar", apontou.
Atualmente, deputados e senadores mostram insatisfação com o governo Lula por mudanças em decisões que saíram do parlamento, como estratégias para reonerar a folha de pagamentos. O tema está em embate e chegou a ser levado pelo Executivo ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Nomes ligados à equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmam a intenção em chegar a um consenso. Segundo o líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), as ações serão voltadas para um acordo até 20 de maio, antes da Marcha dos Prefeitos.