"Extremamente preocupante", diz Pacheco sobre plano para assassinar Lula, Moraes e Alckmin
Militares e agente da Polícia Federal que teriam orquestrado plano golpista foram presos nesta terça-feira (19)
Guilherme Resck
O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira (19) que são "extremamente preocupantes" as suspeitas de que militares e um policial federal orquestraram golpe de Estado e assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes.
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Pacheco se manifestou por meio de nota. O senador ressalta que "não há espaço no Brasil para ações que atentam contra o regime democrático, e menos ainda, para quem planeja tirar a vida de quem quer que seja".
"Que a investigação alcance todos os envolvidos para que sejam julgados sob o rigor da lei", afirmou o presidente do Congresso.
Quatro militares e um policial federal foram alvos da chamada Operação Contragolpe, da Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (19). Os cinco foram presos na ação.
Segundo o documento que autorizou a operação, assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o agente da PF é Wladimir Matos Soares, que foi segurança de Lula entre a diplomação e a posse do presidente.
A investigação aponta que Wladimir se aproveitava do cargo para passar informações relacionadas à estrutura de segurança de Lula para pessoas próximas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), "aderindo de forma direta ao intento golpista".
O plano golpista contava com a possibilidade de assassinato de Lula por envenenamento ou uso de químicos, causando um colapso orgânico.