Política

Em meio a impasse com governo, Congresso vota vetos presidenciais nesta quinta (27)

Principal pauta do dia é a lei de licenciamento ambiental, sancionada com 63 vetos pelo presidente Lula

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Congresso Nacional | Flickr
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O Congresso convocou uma sessão, nesta quinta-feira (27), para votar vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ação, segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), segue um calendário já pactuado com as lideranças, visando atender solicitações de parlamentares ao longo dos últimos meses.

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Na pauta de votação está a lei de licenciamento ambiental, que foi sancionada com 63 vetos. Entre eles estão trechos que simplificam a obtenção da licença sem estudo ambiental ou avaliação de impactos ambientais, além de permitir empreendimentos em zonas ambientalmente sensíveis, como estradas e outras grandes obras na Amazônia, de forma expressa e sem salvaguardas ambientais.

Em nota, o governo federal pediu que os parlamentares mantenham os vetos da lei de licenciamento ambiental, dizendo que a decisão foi tomada para garantir a segurança jurídica, proteger o meio ambiente e assegurar os direitos de povos indígenas e comunidades quilombolas. Alegou, ainda, que os vetos foram estabelecidos com base em avaliações técnicas e jurídicas, com a participação da comunidade científica.

“O governo agiu dessa forma considerando o preocupante cenário de desastres climáticos extremos, que impõem riscos às famílias, à economia e ao meio ambiente. A eventual derrubada dos vetos pode trazer efeitos imediatos e de difícil reversão, especialmente em um momento em que a sociedade sente as catástrofes climáticas como as recentemente vividas no Paraná e no Rio Grande do Sul”, diz o texto.

A sessão ainda contará com análises dos vetos ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), destinado a promover a revisão dos termos das dívidas dos Estados e do Distrito Federal com a União. Também devem ser votados dois projetos de lei, sendo um para abrir crédito suplementar, e outro para aumentar o número de cargos técnicos e professores do ensino superior.

Impasse com governo

A votação no Congresso ocorre em meio ao impasse com o governo federal. Nesta semana, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) anunciou seu rompimento com o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ), após semanas de embate com governistas em torno da tramitação do projeto de lei antifacções criminosas.

Já Alcolumbre teve rusgas com o presidente Lula por conta da indicação de ministro para a vaga do Supremo Tribunal Federal (STF), deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso, que se aposentou em outubro. O petista escolheu o advogado-geral da União, Jorge Messias, enquanto o nome defendido pelo líder do Senado para o cargo era do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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