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Política

Deputado do PL dribla recesso e convoca sessão em apoio a Bolsonaro na Câmara

Mesmo com a negativa de Alcolumbre e Hugo Motta, Paulo Bilynskyj mantém sessão na terça (22) para votar moção em defesa de Bolsonaro e contra o STF

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Presidente da Comissão de Segurança da Câmara, Paulo Bilynskyj (PL-SP) | Marina Ramos / Câmara dos Deputados
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Mesmo com o recesso parlamentar em vigor, o presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, Paulo Bilynskyj (PL-SP), decidiu seguir em marcha própria e convocou uma sessão do colegiado prevista para a próxima terça-feira (22). A movimentação, que contraria a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), é vista como parte de uma ofensiva da oposição para demonstrar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e atacar o Supremo Tribunal Federal (STF).

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Bilynskyj quer colocar em votação uma moção de solidariedade a Bolsonaro, investigado por tentativa de golpe de Estado e alvo recente de medidas cautelares impostas pelo STF. O requerimento, apresentado na sexta-feira (18) pelo deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição, é assinado por parlamentares de partidos como União Brasil, PP, Republicanos e até PSD, legenda que, apesar de governista, abriga nomes simpáticos ao bolsonarismo.

A manobra faz parte de um esforço maior da oposição para pressionar a cúpula do Congresso a romper com o recesso e retomar imediatamente os trabalhos legislativos. Mas até agora, essa pressão não surtiu efeito.

Na sexta-feira, o presidente da Câmara deixou claro que o recesso está mantido até agosto. Segundo Hugo Motta, o período será usado para reformas estruturais no prédio do Congresso. No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) também desautorizou qualquer tentativa de convocação fora do calendário oficial, antes mesmo que o pedido da oposição chegasse à sua mesa.

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Apesar dos recados públicos das lideranças da Câmara e do Senado, alguns deputados aliados de Bolsonaro continuam tentando manter as articulações vivas. Para esta segunda-feira (21), está marcada uma reunião da bancada de oposição. A ideia é afinar novas estratégias contra o Supremo e, principalmente, contra o ministro Alexandre de Moraes, relator das ações que envolvem Bolsonaro.

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