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Delfim Netto: veja repercussão política da morte do ex-ministro e economista

Diversas autoridades e instituições prestaram homenagem ao também ex-deputado federal, ex-embaixador e professor universitário

Delfim Netto: veja repercussão política da morte do ex-ministro e economista
Delfim Netto | Reprodução
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Autoridades de diversos órgãos de Estado e instituições lamentaram a morte de Delfim Netto, influente ex-ministro, ex-embaixador, economista e professor universitário, nesta segunda-feira (12), aos 96 anos. Confira a repercussão política:

+ Tarcísio de Freitas lamenta morte de Delfim Netto: "Eternamente grato pelos seus conselhos"

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT):

"Delfim Netto foi economista, professor, ministro da Fazenda, do Planejamento e da Agricultura. Durante 30 anos eu fiz críticas ao Delfim Netto. Na minha campanha em 2006, pedi desculpas publicamente porque ele foi um dos maiores defensores do que fizemos em políticas de desenvolvimento e inclusão social que implementei nos meus dois primeiros mandatos. Delfim participou muito da elaboração das políticas econômicas daquele período. Quando o adversário político é inteligente, nos faz trabalhar para sermos mais inteligentes e competentes.

Em um curto espaço de tempo, o Brasil perdeu duas referências do debate econômico no país: Delfim Netto e Maria da Conceição Tavares. Fica o legado do trabalho e pensamento dos dois, divergentes, mas ambos de grande inteligência e erudição, para ser debatido pelas futuras gerações de economistas e homens públicos.

Meus sentimentos aos familiares, amigos e alunos de Delfim Netto."

Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF):

Governo de São Paulo:

"O Governo do Estado de São Paulo presta homenagens a Antonio Delfim Netto, que faleceu aos 96 anos de idade nesta segunda-feira (12). Professor emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), o economista foi um grande servidor público, como ministro da Fazenda, do Planejamento e da Agricultura em diversas gestões. Em São Paulo, atuou como secretário da Fazenda na década de 60. Também foi diplomata, deputado federal por 20 anos por São Paulo e escritor. Tem mais de dez livros publicados, além de artigos acadêmicos e pesquisas científicas. Nossos mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos e agradecimento a toda a sua contribuição para a vida dos brasileiros."

Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB):

Ex-presidente Michel Temer (MDB):

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos):

Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG):

"Presto minhas condolências aos familiares e amigos do ex-deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto, que morreu na madrugada desta segunda-feira (12), em São Paulo, aos 96 anos. Profundo conhecedor das ciências econômicas, ocupou papel altivo na história do Brasil desde 1967, quando se tornou, aos 38 anos, o mais jovem ministro do país."

Ministério da Fazenda:

"O Ministério da Fazenda manifesta pesar diante do falecimento de Antônio Delfim Netto. Professor, economista, ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento e diplomata, Delfim Netto foi um referencial em diferentes fases da história do país. Por décadas, fomentou debates essenciais sobre a condução da política econômica brasileira. Neste momento de luto, os servidores do ministério da Fazenda manifestam respeito e solidariedade aos familiares e amigos de Delfim Netto."

Senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso:

Deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara:

Senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura:

Senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), general e ex-vice-presidente:

Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas:

Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho:

Ministério do Planejamento e Orçamento:

"O Ministério do Planejamento e Orçamento manifesta pesar e solidariedade diante do falecimento de Antônio Delfim Netto, um dos economistas mais respeitados e ouvidos da história do Brasil. Delfim influenciou fortemente a condução da economia e o debate macroeconômico do país nas últimas décadas. Seja como ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento, seja como deputado e consultor, o professor emérito da USP teve atuação marcada pela defesa da indústria e das exportações brasileiras, pela valorização do trabalho de planejar o país e pela capacidade de dialogar com pessoas de diferentes correntes de pensamento."

Reitoria da Universidade de São Paulo (USP):

"Com pesar, lamentamos o falecimento do professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA), Antonio Delfim Netto, ocorrido hoje, dia 12 de agosto, em São Paulo.

Foi aluno da terceira turma da então Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da USP em 1951. Economista e Professor Emérito da FEA, Delfim Netto dedicou mais de 55 anos à vida pública, tendo assumido diversos cargos públicos, passando por secretário Estadual, ministro da Fazenda e embaixador. Durante sua vida pública interagiu com diferentes correntes políticas em diferentes momentos da história do Brasil.

Há 11 anos, Delfim doou seu acerco de mais de 100 mil livros e 90 mil revistas, incluindo obras históricas com livros originais de Adam Smith e John Keynes, para a Biblioteca da FEA. Junto com o riquíssimo acervo, ele também doou seu mobiliário, criando um espaço que reproduz sua sala de leitura. Segundo o próprio Delfim, o gesto foi uma retribuição e gratidão por tudo que a Universidade lhe proporcionou ao longo de sua carreira.

Neste momento de consternação, nos solidarizamos com a família e os amigos de Delfim Netto.

Carlos Gilberto Carlotti Junior, reitor da USP."

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, ex-ministro e ex-deputado:

"Recebo com tristeza a informação sobre a morte do economista Delfim Netto. Fomos deputados no mesmo período histórico e estivemos na Comissão de Economia, espaço público em que havia um debate qualificado sobre as políticas de desenvolvimento nacional.

Apesar das divergências políticas e no próprio debate econômico, que tivemos ao longo da vida, Delfim Netto sempre teve compromisso com a produção e com o crescimento da economia. Mesmo tendo sido um ministro destacado do regime militar - liderou o chamado “milagre brasileiro” -, Delfim apoiou o governo Lula em momentos importantes e desafiadores.

Como professor de economia, Delfim sempre teve profundo compromisso com a FEA - USP, onde fiz minha graduação. Neste momento de tristeza, manifesto meus sentimentos de pesar para todos amigos e familiares de Delfim, especialmente filha e neto."

Confederação Nacional da Indústria (CNI):

"A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lamenta o falecimento do economista e ex-ministro Delfim Netto, ocorrido nesta segunda-feira (12) em São Paulo (SP).

Um dos mais influentes e ativos participantes da vida política e econômica do país, atuou como deputado federal e ministro em governos nas décadas de 1960 a 1980, além de desempenhar importante papel como conselheiro de presidentes e empresários.

Durante sua longa trajetória como político e estudioso, dedicou-se e contribuiu de forma fundamental para o entendimento das questões do país.

A CNI presta condolências aos familiares e amigos."

Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da USP (FEAUSP):

"O professor Antonio Delfim Netto faleceu na madrugada desta segunda-feira, 12 de agosto de 2024, aos 96 anos de idade, em São Paulo. Além de economista, Delfim Netto foi professor universitário e político. Considerado um dos mais ilustres professores do departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEAUSP), lecionou por vários anos na instituição, onde foi professor titular de análise macroeconômica e, mais tarde, após sua aposentadoria, tornou-se professor emérito. Na carreira política, comandou a economia brasileira por duas vezes, como ministro de Estado, e se elegeu deputado cinco vezes, inclusive como constituinte por São Paulo, de 1987 a 1988."

Leia a nota na íntegra.

Igor Rocha, economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp):

"John Maynard Keynes escreveu que um bom economista deve combinar os talentos do “matemático, historiador, estadista e filósofo. Delfim foi quem compreendeu isso em absoluto, melhorando ainda com um excelente senso de humor. Sentiremos falta."

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