Delação de Mauro Cid continua sob sigilo, decide Moraes
"Diligências em curso" justificam a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, sobre o acordo de delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, decidiu nesta terça-feira (26) manter em sigilo o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão se deve à existência de diligências em andamento, que justificam o segredo de Justiça.
Na semana anterior, Moraes já havia confirmado a validade do acordo de delação de Cid, que foi chamado a depor após negar à Polícia Federal (PF) envolvimento em um plano golpista para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.
Segundo as investigações da Operação Contragolpe, uma reunião relacionada ao plano ocorreu em 12 de novembro de 2022, na casa do general Braga Netto, em Brasília, com a presença de Cid.
Mauro Cid prestou os esclarecimentos necessários durante seu depoimento e os benefícios do acordo de delação foram mantidos, permitindo-lhe responder às acusações em liberdade.
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No ano anterior, Cid havia firmado o acordo de delação com a Polícia Federal, comprometendo-se a revelar informações sobre fatos ocorridos durante o governo de Bolsonaro, incluindo a venda de joias sauditas e a fraude nos cartões de vacina do ex-presidente.
*com informações da Agência Brasil