Defesa de Bolsonaro nega uso de celular durante visita de Nikolas Ferreira
Deputado do PL foi filmado com aparelho nas mãos em visita ao ex-presidente na Superintendência Regional da Polícia Federal

Cristiane Ferreira
Os advogados de Jair Bolsonaro (PL) responderam, nesta quinta-feira (27), ao questionamento feito pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o fato do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) ter utilizado um aparelho celular, enquanto visitava o ex-presidente na Superintendência Regional da Polícia Federal, em 21 de novembro.
Bolsonaro foi preso preventivamente no dia seguinte à ida de Nikolas à sua casa, em Brasília, onde se encontrava em prisão domiciliar. Em documento enviado ao STF, os advogados do ex-presidente alegaram que ele não usou o celular, enquanto estava na companhia de Nikolas.
"O peticionário reafirma que sempre cumpriu estritamente todas as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal, reiterando que não fez o uso de qualquer telefone celular, direta ou indiretamente, ao longo de todo o período em que esteve submetido à prisão domiciliar", disse a defesa.
Moraes havia dado o prazo de 24 horas para que a defesa de Bolsonaro se manisfestasse a respeito das imagens captadas pela imprensa e que mostravam Nikolas com um celular nas mãos, enquanto conversava com o ex-presidente, na área externa de sua casa. O ministro afirmou, no documento destinado aos advogados, que a visita do parlamentar havia sido autorizada, mas o uso de aparelhos celurares estava vedado.
No dia 22 de novembro, o ex-presidente deixou a prisão domiciliar e foi conduzido à carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF), após violar a tornozeleira eletrônica que usava. No dia 23, Bolsonaro iniciou o cumprimento da pena de 27 anos e três meses de prisão, após sua condenação no julgamento da tentativa de golpe de Estado.








