Política

CPI do Crime Organizado confirma convites a Castro e Tarcísio; relator descarta depoimento de Moraes

Senador Alessandro Vieira (MDB-SE) defendeu atuação técnica da comissão e disse que o Supremo não tem atribuição de discutir políticas públicas

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Senadores Fabiano Contarato (PT-ES) e Alessandro Vieira (MDB-SE) conversam no primeiro dia da CPI do Crime Organizado: presidente e relator da comissão | Divulgação/Andressa Anholete/Agência Senado
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O relator da CPI do Crime Organizado, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), afirmou nesta terça-feira (4) que o colegiado quer ouvir o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), mas descartou a oitiva do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Colegiado aprovou convites para ouvir Castro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ministros do governo do presidente Lula (PT).

"O parecer vai seguir o plano de trabalho e os requerimentos aprovados. Não tem requerimento para oitiva do ministro Alexandre", disse Vieira após a instalação da comissão. Senadores aprovaram plano e convites para receber governadores de 11 estados, ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da Defesa, José Múcio, autoridades de segurança pública, como o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, e diversos especialistas.

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Segundo o senador, o papel do Legislativo e do Executivo é discutir políticas públicas, enquanto o Judiciário não tem essa atribuição. "Imagino que o ministro Alexandre, com excesso de boa vontade, tenta fazer um caminho que não é competência nem atribuição do Supremo", afirmou.

Vieira defendeu que a CPI mantenha um tom técnico e equilibrado, com base em informações concretas sobre o funcionamento do crime organizado. "É um trabalho técnico que tem bases lógicas. Elas já estão estabelecidas. O importante é tratar as coisas com seriedade e informação consistente para entregar resultados à população", disse.

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Ao comentar recente megaoperação policial no Rio que resultou em 121 mortes, Vieira destacou que a CPI precisa analisar o problema com profundidade. "A operação teve um impacto muito grande pelo número de mortos, mas é mais uma. Se fizer um cálculo, devem ter ocorrido de 3 a 4 mil mortes em confronto no Rio nos últimos cinco anos", declarou.

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