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Política

“Com 50% da Câmara e do Senado, eu mudo o Brasil”, afirma Bolsonaro

Em ato na Avenida Paulista, ex-presidente sugere que disputa parlamentar é mais estratégica que a corrida presidencial

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Foto: Reprodução | Flickr
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Vestindo uma jaqueta azul por cima da camisa amarela do Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro deu uma virada de chave no discurso sobre as eleições de 2026. Em cima do trio elétrico, durante manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (29), trocou o foco da eleição presidencial para a disputa parlamentar.

“Se vocês me derem no ano que vem, 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil. Quando eu falo isso, tem outros 50% pro Republicanos, pro PSD, PP, MDB e União Brasil. Se vocês me derem isso, não interessa onde eu esteja, quem assumir a liderança vai mandar mais que o Presidente da República”, afirmou.

Segundo Bolsonaro, uma bancada majoritária permitirá à direita eleger os presidentes da Câmara, do Senado e das principais comissões, além de influenciar indicações para agências reguladoras, o Banco Central e cargos do Executivo. “Seremos os responsáveis pelo destino do Brasil”, disse.

+ Leia também: Na Paulista, ato de Bolsonaro reúne apoiadores e pede justiça por condenados a tentativa de Golpe

Para o cientista político Diego Tavares, a declaração de Bolsonaro sugere uma possível estratégia de concentrar esforços nas eleições legislativas, deixando em segundo plano uma eventual candidatura ao Palácio do Planalto. “Ele tira o foco da importância da Presidência da República e coloca a eleição do parlamento como algo mais importante”, avaliou.

O especialista acrescenta que, ao fazer isso, Bolsonaro sinaliza ter compreendido as limitações enfrentadas pelo governo atual para cumprir suas promessas de campanha dificuldades que, segundo ele, têm origem principalmente na relação com o parlamento.

Apesar do tom de articulação, o ex-presidente não indicou possíveis sucessores. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), nomes especulados como aliados próximos, não participaram do evento. Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como possível presidenciável, esteve presente. Tarcísio vestia uma camisa azul, a mesma cor da jaqueta usada por Bolsonaro.

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