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Chiquinho Brazão volta a alegar inocência e se diz próximo a Marielle: “relação perfeita”

Deputado preso por suspeita de pedir a morte de vereadora ainda disse não saber se ela o “via como um pai”

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O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara | Reprodução/TV Câmara
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Preso há quatro meses suspeito de ordenar o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), que também vitimou do motorista Anderson Gomes, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) voltou a dizer que é inocente no caso e afirmou que tinha uma “relação perfeita” com Marielle. “Não sei se ela me via como um pai”, sustentou em depoimento ao Conselho de Ética nesta terça-feira (16).

+ Domingos Brazão chora, fala que não conhecia Marielle e se diz vítima de dossiê em depoimento

A comparação, feita em dois momentos por Brazão, fez parte do processo que avalia um pedido para cassação do mandato do parlamentar. Apesar da investigação, a perda do mandato depende da análise de deputados. Há previsão de que a etapa no Conselho de Ética seja concluída apenas em agosto, após o recesso.

“Sou vítima, infelizmente assim como foi a vereadora Marielle. Infelizmente, a família sofreu. Não dá nem para imaginar, nem calcular, porque tenho meus filhos, tenho uma filha que deve ser mais ou menos da idade da Marielle”, afirmou o deputado.

As declarações de aproximação familiar foram dadas por Brazão ao ser questionado sobre a relação que tinha com a vereadora. Além do tom paternal, o deputado disse que tinha conversas corriqueiras com Marielle. Ele ainda fez colocações religiosas ao longo do depoimento.

Brazão disse não conhecer o autor do crime, o ex-policial militar Ronnie Lessa, além de outros envolvidos no assassinato da vereadora. Ele também negou relação com a milícia ou ter atuado para intervir em grilagem de terras — os dois pontos são destacados na apuração contra ele.

O deputado está preso desde março deste ano, assim como o irmão, Domingos Brazão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Os dois são suspeitos de ter ordenado o assassinato da vereadora, ocorrido no dia 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. A prisão do parlamentar foi confirmada por outros deputados e agora é analisada a possível perda de mandato. Enquanto não há definição, Brazão segue recebendo salário.

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