CCJ da Alerj se reúne para decidir sobre prisão de Rodrigo Bacellar, presidente da Casa
Deputado está detido desde a última semana por suspeita de vazamento de informações sobre operação que prendeu o ex-parlamentar TH Joias


Emanuelle Menezes
com SBT Rio
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) se reúne às 11h desta segunda-feira (8) para decidir se mantém ou revoga a prisão preventiva do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União), detido na última quarta-feira (3) por suspeita de vazamento de informações sobre a operação que prendeu o ex-deputado TH Joias (saiba mais abaixo).
O colegiado, que conta com sete parlamentares, vai elaborar um Projeto de Resolução e, depois, o texto irá para votação em plenário, às 15h, com participação de todos os 69 deputados. Para revogar a prisão do presidente da Alerj, são necessários pelo menos 36 votos favoráveis – maioria simples entre os parlamentares.
São integrantes da CCJ da Alerj os deputados:
- Rodrigo Amorim, presidente da CCJ (União Brasil);
- Fred Pacheco, vice-presidente da CCJ (PMN);
- Chico Machado (Solidariedade);
- Luiz Paulo (PSD);
- Alexandre Knoploch (PL);
- Elika Takimoto (PT);
- Vinicius Cozzolino (União Brasil).
Vazamento de operação contra TH Joias
Imagens obtidas pela Polícia Federal mostram que o ex-deputado Thiego Santos Silva, conhecido como TH Joias, foi avisado com antecedência sobre a operação que resultaria em sua prisão há três meses. Segundo a PF, o alerta teria sido dado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar, que teria recomendado ao ex-parlamentar que destruísse provas.
Câmeras de segurança registraram um caminhão-baú estacionado em frente à casa de TH Joias, retirando caixas e objetos horas antes da operação. A PF também divulgou imagens de R$ 90 mil em dinheiro apreendidos no carro usado pelo deputado para ir prestar depoimento na sede da corporação.
TH Joias, preso por tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e negociação de armas para o Comando Vermelho, teria enviado a Bacellar: vídeos da mudança sendo feita na véspera da operação; mensagens indicando que havia trocado de celular – movimento que a PF considera suspeito; e gravações mostrando freezers cheios de carne, em tom de deboche sobre eventual ação policial.








