Augusto Heleno passa por perícia médica nesta sexta-feira (12)
Procedimento foi ordenado por Alexandre de Moraes após defesa e militar apresentarem versões diferentes sobre diagnóstico de Alzheimer


Paola Cuenca
O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general da reserva Augusto Heleno, passa por perícia médica nesta sexta-feira (12), para confirmar o diagnóstico de Alzheimer. Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, três peritos da Polícia Federal vão realizar o procedimento no espaço onde Heleno cumpre pena, no Comando Militar do Planalto em Brasília.
Além de exame físico, os peritos também farão uma entrevista com o militar e analisarão as condições da sala onde Heleno cumpre pena para verificar se o local atende às condições de saúde dele. Um médico indicado pela defesa de Heleno acompanhará a perícia como assistente técnico.
No fim do último mês, logo após o início do cumprimento da pena de 21 anos de prisão, a defesa de Augusto Heleno solicitou ao Supremo Tribunal Federal a concessão de prisão domiciliar humanitária em razão da idade e do estado de saúde do general. Atualmente com 78 anos de idade, Heleno relatou em exame de corpo de delito antes da prisão que foi diagnosticado com Alzheimer -- umas das causas mais comuns de demência -- em 2018.
Na sequência, porém, a defesa do militar informou, nos autos do processo, que o diagnóstico tanto de Alzheimer quanto de demência vascular só foi oficializado no início deste ano. Segundo os advogados, o Exército teria registrado as informações de maneira equivocada na avaliação. O confronto de dados levou o ministro a pedir uma perícia médica à Polícia Federal.
Como parte do procedimento, peritos ainda farão a análise de exames e documentos médicos apresentados pela defesa de Heleno. A esposa do general também será entrevistada pelos policiais federais a fim de verificar o grau de dependência do militar para as atividades diárias.
Assim que o laudo pericial da PF for disponibilizado, advogados de Heleno terão cinco dias para se manifestar sobre o documento. Somente depois desta etapa é que Moraes decidirá se concede ou não o cumprimento da pena em regime domiciliar.









