PDT quer "pelo menos mais um ministério", diz Mário Heringer, novo líder do partido na Câmara
Deputado de Minas Gerais descarta ameaça de mudanças no único ministério chefiado pelo partido, o da Previdência

SBT News
Paola Cuenca
*Este texto foi atualizado às 17h45
O novo líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (PDT-MG), esteve nesta quarta-feira (12) no Palácio do Planalto, em uma reunião que reuniu líderes da base do governo no Congresso para discutir as pautas prioritárias do executivo. O novo líder destacou que, na reunião, o assunto reforma ministerial não foi tratado, mas integrantes do partido estão conversando internamente e com interlocutores do governo para garantir, ao menos, mais um ministério sob o comando de integrantes do partido. Atualmente, somente o presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi, chefia o Ministério da Previdência.
"O PDT hoje, sem dúvida nenhuma, é o partido que mais vota com o governo nas suas pautas da turma toda, que está na base do governo {...} Eu acho que é razoável que o governo escolha mais um espaço para que nós possamos ficar. Pelo menos pelo menos mais um", afirmou Heringer.
O líder negou que a bancada sinta qualquer ameaça envolvendo o ministério da Previdência e disse também que a demanda pelo comando de uma nova pasta ainda não chegou ao presidente Lula. O integrantes do PDT apostam em mais um comando na Esplanada para fortalecer a legenda que, desde o ano passado, tem sofrido com a migração de parlamentares para outros partidos, em escala nacional e regional. Independentemente de qual seja o ministério.
"A ideia de ter um outro ministério, ter outro espaço, aumenta nossa capacidade de fazer política. Os partidos querem estar nessas posições exatamente para poder fazer política, para dar a dimensão de seu partido e fazer preparação para as eleições".
Federação
O novo líder do PDT também descartou que o partido esteja articulando forma uma federação neste momento. O foco, neste momento, é buscar esse fortalecimento durante a reforma e as votações no Congresso Nacional. O partido pretende reavaliar a decisão no final deste ano.
"A gente tem visto que as federações que aconteceram não deram tão certo porque os partidos menores que entraram nessas federações, a gente conversa nos bastidores, ninguém ficou satisfeito. Ao final, o resultado eleitoral nas prefeituras não atendeu aos menores, atendeu aos maiores. Então, essa federação é uma solução que foi dada para alguns partidos menores escaparem da cláusula de barreira, da cláusula de desempenho. Mas parece que só manteve o partido vivo, mas continuou respirando por aparelhos {...} A gente não vê isso como um objetivo. Mas, naturalmente, o tempo se encarrega de dizer se a gente vai precisar ou não", disse
Perspectivas
Ao programa Perspectivas, no canal do site de notícias SBT News no YouTube, Mário Heringer disse que a sigla merece mais "reconhecimento" do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"PDT é, sem dúvida, o partido que mais vota com o governo", completa Heringer. O congressista também avalia que, nas negociações envolvendo a reforma ministerial prestes a acontecer, a legenda "pede mais espaço para trabalhar".
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+ Disputa por comissões na Câmara dos Deputados;
+ Federações partidárias: "Ideia de ter mais um ministério é aumentar capacidade de fazer política", diz Heringer.