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Política

Após semana turbulenta, Motta se prepara para definir pauta de votações desta semana

Presidente da Câmara se reúne com lideranças partidárias na terça; governistas esperam aprovação do projeto que amplia a faixa de isenção do imposto de renda

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Hugo Motta durante abertura dos trabalhos na Câmara dos Deputados | Reprodução: TV Câmara
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Após uma semana de trabalhos paralisados na Câmara dos Deputados, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) se prepara para decidir o que irá a votação nesta semana. Para além da definição da pauta, ele deve usar as discussões para reafirmar sua autoridade perante os pares, que ficou abalada depois da ocupação da Mesa Diretora da Casa, entre os dias 5 e 6 de agosto.

O movimento, que começou a ganhar força após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no dia 4 de agosto, se materializou com a permanência de parlamentares da oposição no plenário - inclusive na cadeira da presidência - que protestaram em defesa de Bolsonaro, da anistia aos participantes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e pediam punições ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta terça-feira (12), Motta vai se reunir com os líderes partidários para definir as próximas votações. Entre os integrantes da base governista, o objetivo é aproveitar a reunião para tentar pautar a votação do projeto de lei que amplia a faixa de isenção o Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais. O texto, pessoalmente defendido pelo presidente Lula (PT), também aumenta a cobrança para quem recebe mais de R$ 600 mil.

O entendimento é que, se for aprovada logo, a matéria possa entrar em vigor ainda neste ano, favorecendo a imagem do presidente - que segue em busca do aumento de popularidade - em ano pré-eleitoral. O texto seria colocado em discussão na semana passada, o que não aconteceu por conta dos protestos que duraram cerca de 36 horas e atrapalharam os trabalhos tanto na Câmara quanto no Senado.

Reação

Na última quinta-feira (7), Motta disse que "não negocia prerrogativas nem com oposição, nem com governo". Ele negou que a retomada das atividades na Casa tenha sido condicionada à votação do projeto de lei da anistia, defendido pelos parlamentares que apoiam o ex-presidente Bolsonaro.

Na sexta (8), Motta encaminhou as denúncias contra deputados que participaram da confusão para a Corregedoria da Câmara. O presidente da Casa, agora, aguarda um parecer do corregedor, deputado Diego Coronel (PSD-BA), antes de mandar as representações para o Conselho de Ética.

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