Após crise diplomática, Lula volta a dizer que Israel pratica genocídio contra palestinos
Presidente reforçou o posicionamento nesta sexta-feira (23). “Crianças e mulheres estão sendo assassinados”, escreveu no X
Gabriella Furquim
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a classificar a ação de Israel em Gaza como “genocídio”. “O que o governo de Estado de Israel está fazendo não é guerra, é genocídio. Crianças e mulheres estão sendo assassinados. Não tentem interpretar a entrevista que eu dei. Leiam a entrevista e parem de me julgar a partir da fala do primeiro-ministro de Israel.”, escreveu o presidente no X (antigo Twitter) na noite desta sexta-feira (23).
+ Governo de Israel declara Lula "persona non grata" após comparação com Holocausto
Confira o posicionamento de Lula:
No último fim de semana, em entrevista coletiva de imprensa na Etiópia, Lula comparou a situação em Gaza com o massacre de judeus no Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. A fala do presidente gerou uma crise diplomática.
+ O que significa a volta de um embaixador? Entenda pedido do governo e a crise com Israel
+ Hamas agradece a Lula por declarações sobre genocídio em Gaza
O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, disse que Lula era uma "personalidade indesejada em Israel até que ele peça desculpas e se retrate de suas palavras". Assim, o governo declarou o petista "persona non grata" no país. O Hamas agradeceu Lula pelo posicionamento.
O governo brasileiro, por sua vez, determinou o retorno do embaixador em Israel, Frederico Meyer. A medida é geralmente adotada como uma forma de sinalizar posições em atritos internacionais, de forma excepcional.