Política

Análise: Dois erros não fazem um acerto

Por mais errada que tenha sido a atitude de Braga, não houve justificativa para determinar policiais legislativos a agirem com uso da força

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Glauber Braga foi retirado à força da Mesa Diretora da Câmara pela Polícia Legislativa | Reprodução

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) errou ao ocupar a cadeira da presidência da Câmara, nessa terça-feira (9). Em reação, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), também errou ao autorizar o uso da Polícia Legislativa em plenário contra Braga, deputados aliados e jornalistas.

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O fato dos dois terem passado do ponto não pode ser interpretado como justificativa nem para um, nem para o outro. Ou, como muitos deputados disseram depois do ocorrido: dois erros não fazem um acerto.

Por mais errada que tenha sido a atitude de Braga, não houve justificativa para determinar policiais legislativos a agirem com uso da força contra um parlamentar. O ato de desespero de Braga foi respondido com um ato de despreparo de Motta, em que não foi levada em conta a aplicação proporcional da força. Foram colocadas em risco várias pessoas até sem relação política com Braga e a imagem da Câmara mais uma vez ficou desgastada por uma situação inédita mas evitável.

Tentar explicar a decisão de Motta pelo nível da atitude de Braga não condiz com a própria realidade, marcada por episódio registrado em agosto em que no máximo deputados de direita que ocuparam a mesa da Câmara poderão ser afastados por 6 meses. Ninguém foi retirado à força por policiais.

Glauber dificultou sua situação e tende a ser cassado pela Câmara. Motta será para sempre lembrado pelos dois pesos e duas medidas; como o presidente que por duas vezes perdeu a cadeira.

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