Política

Glauber Braga afirma que ocupação da Mesa da Câmara foi "ato político"

Deputado do PSOL critica Hugo Motta, diz ter sido censurado e afirma que processo que pode torná-lo inelegível integra “pacote” com anistia ao 8 de Janeiro

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Foto: reprodução/SBT
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O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) voltou a criticar a condução da sessão desta terça-feira (9) na Câmara dos Deputados, após ser retirado à força da mesa diretora durante um protesto. Em coletiva de imprensa, após a retirada do plenário, ele afirmou que a interrupção da TV Câmara, que teve o sinal cortado no momento da confusão, foi um fato inédito e uma tentativa de impedir que a população acompanhasse o que ocorria na Câmara dos Deputados.

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“Eu até hoje não tinha ouvido falar de cortarem o sinal da TV Câmara para que as pessoas não acompanhassem o que estava acontecendo dentro do plenário. A única coisa que pedi ao presidente da Câmara, Hugo Motta, foi que ele tivesse 1% do tratamento que teve com aqueles que sequestraram a mesa diretora por 48 horas, em associação com um deputado que está nos EUA conspirando contra o nosso país”, disse o parlamentar.

Segundo Glauber, a reação desta terça contrasta com a postura adotada em episódios anteriores. “Ali sobrou negociação, sobrou diálogo, e em nenhum momento foi cogitada a possibilidade de retirar à força aqueles deputados pela Polícia Legislativa. O que está acontecendo agora é uma ofensiva golpista. A votação da minha cassação, com inelegibilidade por oito anos, não é um fato isolado. Nesse mesmo pacote eles querem votar uma anistia que não é dosimetria”, afirmou.

Ele disse ainda que a ida à mesa diretora foi um ato político: “A minha presença hoje na mesa da Câmara foi exatamente para demonstrar que a gente não pode se render.”

A ocupação ocorreu durante o Pequeno Expediente, fase inicial da sessão em que não há votações e os deputados fazem discursos de até cinco minutos. A sessão desta terça pode avançar para a análise do projeto que reduz as penas de Jair Bolsonaro (PL) e de outros condenados pela tentativa de golpe de 8 de janeiro.

Glauber Braga responde a um processo por quebra de decoro. Ele é acusado de empurrar e expulsar do Congresso o influenciador Gabriel Costenaro, ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), durante uma discussão em abril de 2024, caso que pode levar à cassação de seu mandato.

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