Motta retoma sessão na Câmara após criticar ocupação por Glauber Braga
Presidente da Câmara também determinou “apuração de possíveis excessos em relação à cobertura da imprensa”, que foi retirada do local


Jessica Cardoso
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), retomou a sessão plenária nesta terça-feira (9) após o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) ocupar a cadeira da Presidência em protesto contra o processo de cassação de seu mandato.
O líder do PT, Lindbergh Farias, pediu esclarecimentos sobre o episódio, e Motta respondeu que irá “se pronunciar sobre o ocorrido” antes de dar andamento à pauta prevista para o dia, que inclui o PL da Dosimetria - proposta que busca reduzir penas relacionadas aos atos de 8 de janeiro e a crimes ligados à tentativa de golpe de Estado.
A interrupção da sessão levou ao esvaziamento do plenário. Jornalistas que acompanhavam os trabalhos foram retirados por ordem da direção da Casa, e Braga acabou removido à força da cadeira da Presidência pela Polícia Legislativa após desobedecer à ordem para deixar o posto.
Antes da reabertura da sessão, Motta publicou uma manifestação no X. Ele afirmou que, ao ocupar a cadeira, Braga “não desrespeita o presidente em exercício”, mas “a própria Câmara dos Deputados e o Poder Legislativo”.
O presidente também destacou que o parlamentar já havia protagonizado outro ato semelhante ao ocupar uma comissão “em greve de fome por mais de uma semana”.
Motta comparou ainda a postura do deputado à de grupos extremistas, afirmando que “o extremismo não tem lado porque, para o extremista, só existe um lado: o dele”
“Temos que proteger a democracia do grito, do gesto autoritário, da intimidação travestida de ato político. Extremismos testam a democracia todos os dias. E todos os dias a democracia precisa ser defendida. Determinei também a apuração de possíveis excessos em relação à cobertura da imprensa”, declarou.









