Alerj revoga prisão preventiva de Rodrigo Bacellar
Presidente da Assembleia havia sido detido por suspeita de vazar informações sobre operação que prendeu o ex-deputado TH Joias


Vicklin Moraes
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) revogou nesta segunda-feira (8) a prisão preventiva do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), detido na última quarta-feira (3) por suspeita de vazar informações sobre a operação que levou à prisão do ex-deputado TH Joias.
O texto foi levado ao plenário às 15h, com participação dos 69 deputados. A maioria dos deputados aprovou o Projeto de Resolução que prevê a revogação da prisão do presidente da Alerj. Votaram a favor da revogação 42 deputados e 21 contra. Houve duas abstenções, três faltas e um deputado licenciado.
Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, por 4 a 3, o projeto de resolução apresentado pelo deputado Rodrigo Amorim (União Brasil) que recomendava a revogação da prisão de Bacellar.
Com a prisão, o primeiro vice-presidente da Alerj, Guilherme Delaroli (PL) considerado aliado direto de Bacellar, assumiu interinamente o comando da Casa. Juntos, União Brasil e PL somam 28 cadeiras no Legislativo fluminense.
Prisão de Bacellar
O presidente da Alerj foi detido durante a Operação Unha e Carne, deflagrada enquanto ele prestava depoimento à Polícia Federal. Segundo a investigação, Bacellar teria sido informado previamente da ação que mirava o ex-deputado Thiego Raimundo, o TH Joias, suspeito de ligação com o crime organizado.
Documentos da Justiça apontam que Bacellar avisou o ex-parlamentar sobre a operação e indicou quais itens poderiam servir como provas. Conversas anexadas ao inquérito mostram TH comunicando a Bacellar que trocaria o número de telefone; o presidente da Alerj responde com uma figurinha, indicando que já tinha conhecimento da mudança.
Na manhã em que a Operação Zargun foi deflagrada, TH enviou a Bacellar imagens do sistema de segurança de sua casa e repassou o contato de sua advogada.









