Alckmin defende relações comerciais com o México, mas diz que "EUA ainda é prioridade"
Vice-presidente viajou ao México para fortalecer as relações comerciais com o país, em resposta ao tarifaço de Donald Trump

Gabriela Vieira
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta quarta-feira (27) que busca fortalecer as relações comerciais entre México e Brasil, em resposta ao tarifaço de 50% de Donald Trump aos produtos exportados brasileiros.
“Isso é mão dupla, é ganha-ganha. Então é nós comprarmos do México — aliás, nós temos empresas brasileiras que estão instaladas aqui, que também exportam para a gente. Falamos de complementariedade econômica, onde você tem uma melhor competitividade: eu compro de você, onde eu tenho uma competitividade melhor, eu vendo para você. Ganha o conjunto da sociedade e investimentos recíprocos", defendeu, em entrevista a jornalistas.
Alckmin disse que a ampliação pode ser em todas as áreas, mas reforça que o governo vai trabalhar com os setores de Agropecuária, Indústria e Serviços. No entanto, apesar de ter apoiado a construção dos laços comerciais com o México, o vice-presidente afirmou que os Estados Unidos ainda é prioridade do Brasil.
“Nós temos 201 anos de parceria e amizade, então é diálogo e buscarmos avançar fazendo aí um ganha-ganha em termos de complementariedade econômica”, afirmou.
O ministro também defendeu o multilateralismo e o livre comércio. Na ocasião, ele lembrou dos acordos como Mercosul-Singapura, Mercosul e União Europeia e a Associação Europeia de Comércio Livre (Efta).
Agenda no México
Geraldo Alckmin lidera viagem oficial do governo ao México. O objetivo é ampliar relações comerciais em meio ao tarifaço de 50% imposto pela gestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Agendas estão previstas pare esta quarta e quinta-feira (28).
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