Com baixa adesão na volta de Bolsonaro, PL culpa esquema de segurança
Polícias do DF, porém, foram acionadas depois de pedido do presidente do partido, Valdemar Costa Neto
SBT News
Deputados do PL afirmam que a recepção ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi prejudicada pelo esquema de segurança montado pelo governo do Distrito Federal. Apoiadores se reuniram para receber o político que chegou dos Estados Unidos no início da manhã desta 5ª feira (30.mar), mas o número acabou sendo considerado baixo segundo os próprios políticos da legenda.
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Parlamentares ouvidos pelo SBT News dizem que as forças de segurança dificultaram o acesso de aliados, inclusive dos próprios deputados. Havia a expectativa de que atos fossem realizados em Brasília após a chegada do ex-presidente.
"A gente entende que foi um número satisfatório (de apoiadores), mas algumas pessoas não conseguiram se livrar dos bloqueios, inclusive o próprio Flávio Bolsonaro pediu pra que nenhum parlamentar fosse ao aeroporto por causa da recomendações do Governo do Distrito Federal. Na hora certa a direita vai convocar manifestão. Se a gente não tivesse uma retaliação tão grande, não ia sobrar gente querendo participar. Tiveram que desmobilizar tudo. A gente acha que o presidente merecia mais, mas com todas as recomendações", diz Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
As forças de segurança do Distrito Federal foram acionadas depois de pedido do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Na última 2ª feira, ele enviou ofícios para o ministro da Justiça, Flávio Dino, para o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e para ao governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). No documento, o chefe do PL pediu "ordem e segurança".
Também deputado do PL, Zé Medeiros (PL) afirma que ficou "surpreso" com a quantidade de gente porque, segundo ele, foi divulgado que todos estavam proibidos de comparecer.
"O fato deles terem impedido o presidente de ir falar com as pessoas é justamente para não ter imagens. Imagine se eles não tivessem falado que era para ir? Hoje foi usada a força. Você impede o curso natural das coisas. O natural é que Bolsonaro fosse recebido pelas pessoas. Ninguém estava ali para fazer quebra-quebra", defende o parlamentar. Ainda segundo interlocutores do PL, o presidente aprovou a recepção feita no aeroporto e na sede do PL.